Paul Burrell, ex-mordomo da princesa de Gales, disse hoje num tribunal de Londres estar convencido que a família real britânica não esteve implicada numa conjura para assassinar a princesa Diana, como vem sendo sugerido pelo pai de Dodi al-Fayed.

Tido como fonte bem informada, visto que partilhou as intimidades de Diana, Burrell revelou que o sonho da princesa era casar-se "em privado" com o seu amante, o cirurgião vascular Hasnat Khan. Como o médico recusou, Diana, ferida e despeitada, caiu nos braços de Dodi.

O mordomo explicou que os últimos meses da princesa ao lado de Dodi al-Fayed foram "muito emocionantes", mas negou que os dois pretendessem casar-se. "Dodi não era o único homem na vida da princesa", sublinhou Burrel. "Era - acrescentou - uma relação do tipo das que duram só um mês. A princesa acabava de terminar um noivado com alguém a quem queria muito (o dr. Khan). E com Dodi, ela simplesmente havia encontrado uma pessoa amável, generosa e que lhe satisfazia todos os caprichos. E a princesa desfrutava."

Apesar de todos estes depoimentos, o pai de Dodi, Mohamed al-Fayed, sempre presente nas sessões da investigação judicial que decorre em Londres, continua a proclamar que o seu filho e Diana foram assassinados pelos serviços secretos, às ordens do príncipe Felipe de Edimburgo, para impedir que pudessem casar-se.