Judite Sousa voltou às redes sociais para pedir aos colegas de profissão que não desonrem a memória do seu filho, André, falecido no passado dia 29 de junho na sequência de uma queda numa piscina, na zona de Azeitão.

Descontente com o teor de uma reportagem publicada na revista “TV Guia” sob o título “Judite Sousa – A Vida Boémia do Filho”, a jornalista da TVI escreveu o seguinte: 

“Sofro com a devassa da vida de um jovem que não era nem queria ser figura pública. Um jovem que de público tinha apenas o fato de ser filho da Judite Sousa. Peço a todos os meus colegas de profissão que realizem o seu trabalho, mas não tratem a morte do meu filho desonrando a sua memória. 

“O título de uma publicação de hoje, duas semanas depois da morte do meu querido filho, deixou-me ainda mais triste e é exclusivamente por essa razão que deixo este registo. Apelo a que honrem o passado do meu filho. 

“O André veio para Lisboa com 7 anos. Entrou no segundo ano da primária no Colégio S. João de Brito, onde se manteve até finalizar o 12º ano. Licenciou-se em Direito na Clássica de Lisboa - curso de 5 anos - com média final de 14 valores. Efetuou o estágio de advocacia, mas a sua área de interesse eram as finanças. Daí ter realizado o mestrado de finanças de 2 anos e concluído o curso na Universidade Nova de Lisboa com a média de 16 valores. Uma média que lhe abriu as portas para uma das maiores empresas nacionais, a que se seguiu o trabalho num fundo de investimento. Tinha acabado recentemente de assinar contrato com a multinacional Roland Berger. 

“Era um cidadão do mundo. Visitou mais de 30 países. Era curioso, aventureiro e muito preparado. Era um trabalhador incansável e estava entusiasmado com a perspetiva de ir trabalhar 12 ou mais horas por dia. Como qualquer jovem gostava de festas, de estar com os amigos, de se divertir, dos excessos próprios de um jovem da sua idade. Desfrutava da vida, mas não era um boémio. Era apenas um jovem solteiro de 29 anos”. 

No seu texto, Judite Sousa volta a agradecer o apoio que tem recebido nesta fase dramática da sua vida: “Aproveito este registo para agradecer os muitos telegramas, cartas e mensagens de carinho que me têm chegado pelas redes sociais. Eternamente grata”.