A família de Carlos Castro ficou revoltada com a notícia de que a morte violenta do cronista vai ser recriada num filme de Luís Filipe Torres, protagonizado por João d’Ávila e Ruben Garcia.

Amélia, uma das irmãs do jornalista assassinado num hotel de Nova Iorque, disse que ninguém falou com a família da vítima e que vai ser “muito penoso” reviver a tragédia.

“É uma falta de respeito. Eu estive no julgamento, em que apresentaram todas as fotografias daquela noite… Foi muito difícil”, declarou Amélia ao “Correio da Manhã”. 

O realizador Rui Filipe Torres, por seu lado, já se demarcou da polémica. Confirmou que não falou com a família de Carlos Castro porque “não existe (no filme) nenhum Carlos Castro ou Renato Seabra – existe apenas ficção que trabalha um contexto e uma realidade trágica que pode ter sido a dessas individualidades”.

No filme, que será gravado no cenário do hotel Dom Pedro Palace, em Lisboa, os papéis dos supostos Carlos Castro e Renato Seabra (o assassino do cronista) serão interpretados por João D’Ávila e Ruben Garcia, respetivamente.

Carlos Castro foi assassinado no dia 7 de janeiro de 2011 num hotel de luxo, em Nova Iorque, pelo seu amante Renato Seabra, que se encontra a cumprir uma pena que pode ir de 25 anos a prisão perpétua.