Nuno Santos quis estar ao lado da amiga Fátima Campos Ferreira num dos momentos mais delicados da vida da colega. Morreu no último domingo, 12 de fevereiro, o marido da jornalista, o também jornalista e ex-diretor de Informação da RTP Manuel Rocha.

"Fui ver a Fátima. Dar-lhe um abraço apertado, lembrar-lhe o quanto gosto dela, tentar descortinar um sorriso, mesmo triste, num rosto marcado pelas horas dramáticas da partida", contou o diretor da CNN Portugal.

"E ela lá estava. Falámos do Manel, de como tudo aconteceu estupidamente em 48 horas e de como ele ainda lhe tinha dito 'tive azar'. E depois falámos um pouco de tudo o resto. Até do Manel que eu, infelizmente, não conheci mas que sei que tocou muita gente da minha geração quando lhes abriu a porta da profissão. 'Ele era um líder, sabia tirar o melhor de cada pessoa'", recordou, contando desta forma que terá marcado presença nas cerimónias fúnebres do marido de Fátima Campos Ferreira.

"A Fátima - que está aqui numa foto dos nossos dias felizes do 'Prós e Contras' - é esta mulher extraordinária, que se fez a pulso, capaz de mover montanhas para chegar ao destino. Estudiosa e determinada. Nunca lhe ouvi um queixume ou um remoque, sempre palavras de incentivo", disse, elogiando a força da amiga.

"'Sabes, ainda não estou em mim porque não me deixaram sozinha'. Sim, vão chegar dias novos e diferentes, mas sei que ela se vai reinventar, na família e no trabalho. E na palavra certeira com os amigos. Tantos anos e tantas pessoas depois ainda vale a pena andar no jornalismo por causa dos que, como ela, estão do lado certo da vida. Até já, Fátima. Até sempre, Manel", completou.

Leia Também: Fátima Campos Ferreira recebe onda de apoio após morte do marido