
António Raminhos voltou a usar as suas redes sociais para na primeira segunda-feira do ano, 2 de janeiro, falar sobre um tema de enorme importância: saúde mental.
"Ainda esta semana cruzei-me com duas histórias de dois amigos na casa dos 40 que não procuram ajuda", começou por contar, lamentando que estes amigos façam parte do vasto leque de pessoas que recusam assumir que estão a viver problemas de ansiedade, depressão, entre outros.
"Um chegou a ir ao médico, mas quando lhe disse que precisava de medicação fugiu com o rabo à… bula. Outro, simplesmente fecha-se em copas, não procura ajuda, não fala com amigos, com mulher, com ninguém, procura resolver tudo sem dizer nada. Presos em ideias preconcebidas, mitos, ego… Eu entendo o julgamento, o medo do desconhecido, o achar que se está sozinho. Que seria impossível acontecer connosco. O achar que se é fraco. Porque já lá estive", assumiu o humorista, que já confessou diversas vezes que sofre de ansiedade e de uma perturbação obsessivo-compulsiva.
"Entendo o acreditar que se está bem, quando na realidade sabemos que não é assim. Ou o ter a esperança que a crise passa ou que não precisamos da ajuda. Porque mesmo que estejamos na merda, estamos num lugar que já conhecemos. Sim estou na merda, mas é a minha merda, com a qual eu já aprendi a viver. O problema é que não se vive. O viver está para lá dessa capota que colocamos por cima de nós", explicou.
Por fim, Raminhos quis deixar uma mensagem especial a todos os que como ele, ou os amigos de que falou acima, enfrentam ou podem vir a viver momentos delicados relacionados com a saúde mental.
"Se estão a passar por um momento difícil, fechem os olhos e imaginem que alguém vos está a dar a mão, pensem na sensação de paz que isso vos traz. Essa mão existe na realidade, sobre várias formas, está na altura de darem a vossa", terminou.
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