Renato Seabra, o jovem acusado de ter assassinado o cronista social Carlos Castro, declarou-se "não culpado" na audiência preliminar que decorreu ontem no tribunal criminal de Nova Iorque.

"Not guilty" foi a resposta do manequim de 21 anos quando confrontado pelo juiz Charles Solomon com a acusação de homicídio do 2º grau, crime punido nos Estados Unidos com uma pena que vai dos 25 anos a prisão perpétua.

Seabra, que apareceu algemado e vestido com um blusão cor de laranja dos serviços prisionais, só abriu a boca para dizer, em bom inglês, "not guilty".

No resto do tempo (muito pouco, porque a audiência só demorou três minutos), o jovem acusado permaneceu em silêncio, cabisbaixo e de semblante carregado.

O advogado de Seabra, David Touger, acompanhou tudo de muito perto, enquanto um intérprete, debruçado sobre o ouvido direito do manequim, traduzia as palavras do juiz, da acusação e da defesa.

Cumpridas as formalidades, Seabra regressou sob custódia à ala prisional do Hospital Bellevue, onde se encontra em tratamento psiquiátrico.

Uma vez que se declarou "não culpado", o jovem voltará a tribunal no próximo dia 4 de Março para a primeira audiência do julgamento. Ali, segundo prometeu o seu advogado aos jornalistas,  Seabra terá "uma defesa vigorosa e justa", que conduzirá a um "resultado positivo".