Foi no dia 7 de abril que Cristina Ferreira apresentou ao mundo a sua revista renovada e pronta para iniciar novos e grandes desafios. A apresentação decorreu no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, e estava repleta de colegas e amigos que todos os dias trabalham com Cristina.

Além da 'Cristina' em papel, os leitores poderão também, em breve, aceder aos conteúdos online a partir de uma aplicação e ainda, através de qualquer smart Tv em todo o mundo.

“Ela [a revista] não está só no papel, também há a aplicação que chega no final do mês e que vai estar disponível para qualquer um. Recebo tantas mensagens de emigrantes que gostavam de ter acesso à revista e que à distância de um clique podem ver as páginas. Estas duas últimas semanas foram quase de endoidecer porque tínhamos de pôr tudo no ar. E eu já por exigência própria e diária sou assim”, revelou.

Em entrevista, Cristina Ferreira falou da forma como foi gerindo todas as emoções não só ao longo deste dia, mas também nos últimos meses, altura em que arrancou a preparação do projeto. A capa da primeira edição da nova etapa é com Manuel Luís Goucha, que entrevistou Cristina.

“Só tinha partilhado com ele uma fotografia. Ele passou o tempo todo a tentar subornar o fotógrafo e a dizer: 'ou tu me mandas fotografias, ou deixas de me fotografar'. E nós brincamos muito com isso”, confessa, entre risos.

O que é surpresa normalmente tem um impacto maiorA apresentadora disse igualmente que se sente muito orgulhosa, principalmente por ter conseguido manter segredo de tudo. “Este projeto teve dezenas de várias pessoas envolvidas, nós andamos nisto há meses e nunca saiu uma informação para a rua. Isso deixa-me muito feliz”, adiantou. Mas será porque as pessoas têm medo de si, questionaram os jornalistas, ao que Cristina respondeu: “Não sei se faço alguma cara de má quando falo com elas [risos]. Acho que as pessoas já perceberam que é este mistério também e o secretismo que envolve estes projetos, que faz com que as coisas depois funcionem. O que é surpresa normalmente tem um impacto maior”.

A correr bem é para o meu lado, a correr mal é para o meu ladoEste é um desafio acrescido para Cristina, principalmente, porque agora lança a revista com a sua própria editora criada recentemente. Mas também este facto, a empresária vê com bons olhos e uma enorme responsabilidade.

Agora a revista é mais ‘minha’, tudo depende um pouco mais de mim, não há aqui um parceiro económico a partir deste momento. A editora é minha e, portanto, e tenho de salvar a minha própria pele a partir de agora. Houve pessoas que vieram comigo e que deixaram empregos garantidos de 20 anos, porque acreditaram no sonho e que era possível. Quis acima de tudo ter um cunho cada vez mais meu. Portanto a correr bem é para o meu lado, a correr mal é para o meu lado”, revela.

E há muito dinheiro investido? “Há muitos ordenados, há muitos pagamentos… tem que haver dinheiro. Quem trabalha na imprensa sabe os custos que a área tem e eu ainda por cima trabalho com os melhores profissionais do país que são pagos pelos valores que eles merecem e orgulho-me disso”.

Não tenho problema nenhum em fechar portasCristina Ferreira garantiu não ter medo do futuro, das coisas de mal que possam vir a acontecer, e mostrou-se segura e pronta a superar todos os desafios. “Não tenho problema nenhum em fechar portas. Se daqui a três meses a revista não fizer sentido, não der lucro, não estiver perfeita para continuar, aí eu fecho na maior e digo ‘olha fechou’ e não considero nada disso um insucesso. Mas vou continuar a lutar e a seguir em frente”.

A mentira não faz parte da minha vida, não faz parte daquilo que eu quero dos meus projetos e acho que público também percebe issoPor fim, deixou uma mensagem que define os seus critérios de trabalho: “Pode-se trabalhar de uma forma honesta, verdadeira, encontrando o nosso público. Não estou a dizer para não chamar a atenção das pessoas e por isso sempre percebi de alguma forma as capas que são feitas na imprensa. É preciso que as pessoas leiam, mas desde que elas contenham verdade. E se a verdade estiver lá eu aceito qualquer coisa. A mentira não faz parte da minha vida, não faz parte daquilo que eu quero dos meus projetos e acho que público também percebe isso”.