O agente 007 volta à luz do dia, sob a forma de um novo livro, 40 anos depois de publicação da última aventura de James Bond pelo seu criador, Ian Fleming.
Lançado ontem em Londres num cenário tipicamente Bond (a bordo de um destroyer da Marinha Britânica, com homens armados, helicópteros no ar e uma modelo segurando uma mala com cópias do livro), a nova obra chama-se "Devil May Care" e marca o centenário do nascimento de Fleming.
O autor, Sebastian Faulks, que escreveu o livro a pedido da família de Fleming, traz-nos o herói dos bons velhos tempos numa emocionante aventura durante a Guerra Fria.
"O James Bond de Ian Fleming é muito diferente daquele que vemos nos filmes, e foi esse Bond que tive em mente quando escrevi o livro", disse Faulks à BBC. "Ele - acrescentou - não é um super-herói, invulnerável e cercado de tecnologias modernas. É um homem solitário, usando um terno elegante, sapatos macios e uma arma ridícula e não muito potente. E isso é que torna o livro empolgante, porque temos a impressão de que ele está a enfrentar um perigo desesperante durante o tempo todo".
O livro foi guardado a sete chaves, mas sabe-se que a história se passa em 1967 e leva o agente Bond a lugares como Roma, Londres, Paris e Médio Oriente.
Faulks disse que levou seis semanas para escrever o novo livro, aceitando um convite da família de Ian Fleming, que pediu a três autores o favor de darem continuidade à tradição Bond.
Entre 1952 e 1964, ano em que morreu, Fleming escreveu 14 livros do 007. O último, "Octopussy", foi publicado postumamente, em 1966.
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