As dívidas acumuladas do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte (CHLN) levaram o Tribunal de Contas a chumbar a compra de dois medicamentos para o cancro no valor de 2,7 milhões euros.
Mais de 70 novos medicamentos foram aprovados no ano passado em Portugal pela Autoridade do Medicamento, que conseguiu reduzir em mais de 200 milhões de euros as condições propostas pelas farmacêuticas.
O presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Norte (LPCC-NRN), Vítor Veloso, disse hoje discordar “em absoluto” da decisão “que está plasmada na lei” de atribuir determinado medicamento apenas quando o doente oncológico está metastizado.
O presidente do Infarmed explicou que as reuniões agendadas com os doentes para hoje e quarta-feira servirão para recolher contributos para o regulamento relativo ao acesso aos medicamentos e informar sobre o processo de acesso aos fármacos inovadores.
O Infarmed garante que todos os medicamentos autorizados na Europa para esclerose múltipla estão disponíveis em Portugal e que mesmo o fármaco que está em avaliação para financiamento no SNS tem sido dado aos doentes através de autorizações excecionais.
Associações representativas dos cidadãos com esclerose múltipla divulgam hoje uma carta aberta em que defendem um maior acesso a medicamentos inovadores e que cada doente tenha um plano integrado de gestão da doença.
O Estado comparticipou nos últimos quatro anos 56 novos medicamentos, que representaram mais de 40 milhões de euros de encargos só no ano passado, com destaque para os fármacos para deixar de fumar e para os novos anticoagulantes orais.
Portugal é dos países europeus em que os doentes demoram mais tempo a ter acesso a medicamentos inovadores, com a média de espera a ser cinco vezes superior à Alemanha, país com melhores resultados.
O Infarmed informou hoje que no último semestre de 2019 foram “concluídos 61 processos de medicamentos inovadores, novas substâncias ou novas indicações, das quais 37 tiveram aprovação para utilização e financiamento do SNS”.
A organização Médicos do Mundo apresentou hoje, no Instituto Europeu de Patentes, uma oposição à patente do Kymriah, uma das duas novas terapêuticas genéticas para o tratamento do cancro, que apresentam um custo exorbitante de 320 a 350 mil euros por doente. Para a organização, "estes valores revela
O Infarmed garantiu hoje que continuará a promover o acesso de terapêuticas inovadoras a todos os doentes, de todas as idades e com qualquer doença, e defendeu a necessidade de rever as orientações de avaliação económica de medicamentos.