A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) esclareceu hoje que não tem qualquer convenção com a clínica Ecosado, onde o obstetra Artur Carvalho fez as ecografias do bebé que nasceu com malformações.
Entre 180 a 200 obstetras no Serviço Nacional de Saúde têm aptidão para realizar as ecografias específicas de acompanhamento da gravidez, um número que "asseguraria muito perto do total" dos exames nos serviços públicos, segundo a Ordem dos Médicos.
A clínica EcoSado, onde trabalhava o obstetra Artur Carvalho, nunca foi fiscalizada pelo regulador da saúde, que avisa que as suas competências não incluem a avaliação da atividade dos profissionais de saúde.
A Associação Portuguesa de Radiologia alerta para a existência de ofertas formativas nesta área sem acreditação, muitas via internet e não fiscalizadas, e diz que já tinha alertado os partidos e o Conselho Nacional de Saúde para este problema.
A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) decidiu não abrir um inquérito autónomo ao caso do bebé que nasceu com malformações graves em Setúbal, mas acompanha o inquérito instaurado pelo Centro Hospitalar de Setúbal.
O Conselho Disciplinar do Sul da Ordem dos Médicos decidiu suspender preventivamente o obstetra envolvido no caso do bebé que nasceu em Setúbal com malformações graves.
O presidente do Conselho Superior da Ordem dos Médicos considera inaceitáveis os atrasos nos processos que devem ser avaliados pelo conselho disciplinar do Sul, indicando que será necessário um reforço dos meios.
O médico Artur Carvalho, envolvido no caso do bebé que nasceu com malformações graves, comunicou ao bastonário dos Médicos que decidiu suspender a realização de ecografias na gravidez até à conclusão dos processos em análise no conselho disciplinar.
O bastonário da Ordem dos Médicos vai reunir-se hoje com os presidentes dos colégios de obstetrícia e de radiologia para analisar o tema das ecografias feitas na gravidez, na sequência do caso do bebé de Setúbal.
O presidente do Conselho Disciplinar do Sul da Ordem vai chamar o médico Artur Carvalho, responsável pelas ecografias do bebé que nasceu com malformações graves em Setúbal, para se explicar numa reunião marcada de urgência para terça-feira.
O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, deu uma conferência de imprensa na sede da instituição, em Lisboa, na sexta-feira, na sequência do caso do bebé sem rosto que nasceu em Setúbal.
Mais de 1.070 processos disciplinares a médicos foram abertos no ano passado pelos conselhos disciplinares da Ordem, tendo sido condenados 45, segundo dados hoje divulgados.