De acordo com o portal de notícias G1, o mais recente relatório epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde brasileiro indicou que houve 541 novas notificações de casos suspeitos em bebés este ano.

O documento referiu ainda que foram registadas 14 confirmações de mortes fetais e neonatais ligadas ao vírus e 16 confirmações de fetos com alterações no sistema nervoso central, abortos espontâneos e mortos à nascença relacionados com a infeção. Os dados do relatório incluem casos que ainda estavam em investigação na última semana de 2016 e podem ter sido confirmados no início de 2017.

Do total de casos suspeitos notificados em 2017, acrescido dos casos que permaneciam em investigação no fim de 2016, o estado com maior número de ocorrências é a Bahia (636 casos), seguida por Rio de Janeiro (402), São Paulo (384) e Pernambuco (315).

No Brasil, entre casos confirmados e em investigação, 3.165 bebés estão a ser acompanhados, sendo que 21,1% destes recebem cuidados em puericultura (acompanhamento do desenvolvimento), 9,7% em estimulação precoce e 16% no serviço de atenção especializada.

Os casos de microcefalia passaram a ser notificados obrigatoriamente no Brasil em novembro de 2015, quando o Governo declarou estado de emergência em saúde pública devido ao aumento de casos da malformação, fenómeno posteriormente relacionado à chegada do vírus Zika ao país.

Entre 2015 e 2016, o país teve 2.205 casos confirmados de bebés afetados, de um total de mais de 10 mil notificações de suspeitas. Além disso, 259 mortes de fetos e recém-nascidos tiveram a confirmação de relação com o vírus. Segundo outro relatório divulgado anteriormente pelo Ministério da Saúde, em 2017, foram registados 3.961 casos prováveis do vírus Zika no país, com uma taxa de incidência de 1,9 caso/100 mil habitantes. Destes, 942 (23,8%) já foram confirmados.

A microcefalia faz parte da vida deles há 14 anos