No final de um encontro com dirigentes do Ministério da Saúde, o ministro Adalberto Campos Fernandes mostrou-se satisfeito com os indicadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS) relativos a 2017 e destacou que o país tem hoje “a percentagem mais baixa de portugueses sem médico de família”.

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“No final deste ano prevemos ficar com 4% de utentes sem médico de família”, disse aos jornalistas, lembrando que no ano passado eram 7% os utentes sem clínico de família atribuído. No final da legislatura, em 2019, o Ministério tem prometido atingir a cobertura total.

711 mil utentes sem médico de família

De acordo com os dados da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) apresentados ontem, em 2017 havia 711 mil utentes sem médico de família, quando em 2016 eram mais de 767 mil e em 2015 ultrapassavam um milhão.

Quanto à evolução das unidades de saúde familiares (USF), em 2017 havia 495 unidades constituídas e o Ministério estima que até ao fim deste ano passem a existir 532, um acréscimo de 37.

De 2016 para 2017, só foram constituídas 16 novas USF, que são unidades com um modelo de gestão e assistencial mais evoluído.

No ano passado, menos de 60% dos utentes estavam inscritos em USF.

Para o final da legislatura, no final de 2019, o Ministério da Saúde prevê ter 549 USF formadas, que será a única forma de cumprir um dos compromissos estabelecidos no programa do Executivo de ter mais 100 USF do que em 2015.

Dos vários indicadores hoje divulgados pelo Ministério, o ministro da Saúde destacou que “demonstram mais atividade, mais acesso, mais respostas e um SNS melhor”.

“Estamos muito satisfeitos. Apesar das dificuldades, o SNS tem respondido muito bem”, disse.

“Temos uma história positiva para contar. Hoje o SNS aproxima-se de um número histórico de profissionais, praticamente 140 mil. O segundo maior serviço público, com maior número de efetivos. (…) Estamos a conseguir alcançar o objetivo que é deixarmos em 2019 um SNS melhor do que aquele que encontrámos”, afirmou no encontro com dirigentes do Ministério da Saúde, que hoje decorreu em Lisboa, na véspera da divulgação do Relatório de Primavera 2018 do Observatório Português dos Sistemas de Saúde.