Em comunicado, este conselho considera que, com esta atitude, os médicos não se deixaram “enredar em processos vazios de apaziguamento da opinião pública” e “revelaram uma enorme dignidade profissional e uma forte ligação ao seu compromisso com os doentes”.

Para esta secção da Ordem, os sete médicos resistiram “a pressões, coesos nas suas convicções e, determinados, defendem os seus doentes em particular e todo o Serviço Nacional de Saúde”.

“O senhor ministro da Saúde revelou mais uma vez a sua incapacidade para compreender a importância das suas funções e aludiu a uma velada desresponsabilização daqueles que se demitem”, lê-se no comunicado.

De acordo com este órgão da Ordem dos Médicos, as palavras do ministro da Saúde, Paulo Macedo, “são de alguém que de facto não conhece as suas próprias responsabilidades – porque demitir-se ele próprio seria um ato de grande responsabilidade –, nem conhece os princípios da profissão médica”.

“O Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos manterá uma atitude atenta a todo este processo, acompanhará estes médicos na sua posição de enfrentar o poder que lhes destruiu as condições de trabalho e colocou em risco os doentes”, conclui o comunicado.