De acordo com a edição desta segunda-feira do Diário de Notícias, a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) “está desde junho a intentar ações judiciais contra oito hospitais e centros hospitalares e contra o próprio Ministério da Saúde e a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS)”.

“Os médicos consideram que o incumprimento da legislação que lhes permite descansar quando fazem turnos de mais de oito horas pode levar a erros e pôr em causa a qualidade do atendimento”, lê-se na notícia.

Em comunicado, o Ministério da Saúde esclareceu que, “dado não haver consenso na interpretação da matéria relativa ao descanso compensatório, o Ministério da Saúde solicitou, em outubro deste ano, parecer ao Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República, que se aguarda”.

O ministério de Paulo Macedo acrescentou que ainda “aguarda a deliberação das comissões paritárias, que integram os sindicatos e entidades empregadoras”.

“Na sequência de dúvidas colocadas por alguns hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), verificou-se que a clarificação pressupunha a interpretação” de algumas cláusulas “previstas nos Acordos Coletivos de Trabalho de 2009”.

De acordo com a nota, as comissões paritárias, que integram representantes das entidades empregadoras e dos sindicatos outorgantes dos dois acordos, e a quem “compete interpretar e integrar lacunas, têm vindo a reunir desde julho passado, não existindo ainda deliberação sobre a matéria daqueles acordos”.