“A saúde digital é, por isso, um vetor estratégico da nossa política, dado que permitirá assegurar: mais e melhor acesso à saúde, maior rapidez no circuito do doente, mais eficiência e eficácia, maior segurança, menos burocracia e maior sustentabilidade do sistema de saúde”, declarou o governante madeirense na abertura do II Fórum de Telesaúde, que decorre a partir de hoje no Funchal.

O futuro da saúde passa pela telessaúde. E o que é isso?
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Pedro Calado acrescentou que “dentro da saúde digital, a integração da telesaúde e da telemedicina são, decididamente, apostas do Governo Regional para responder aos grandes desafios desta área crucial da governação”.

Também considerou que “a transformação digital é um investimento iniciado há muito no serviço de saúde [da Madeira] e a sua evolução é irreversível pela garantia que dá de uma melhor resposta à população”, numa altura em que se regista um forte acréscimo na procura pelos serviços de Saúde e de apoio social, devido ao aumento da esperança média de vida.

Gestão mais eficiente

O responsável vincou que “as tecnologias de informação e da comunicação desempenham um papel central na resposta a estes desafios, na medida em que permitem uma gestão e uma prestação dos cuidados de saúde mais eficientes, bem como potenciam o aumento das oportunidades de inovação e a competitividade ao nível dos cuidados prestados pelos serviços”.

Na opinião do responsável insular, “o Serviço Regional de Saúde foi, indiscutivelmente, uma das medidas de maior sucesso nas políticas públicas, implementadas com a autonomia regional”.

O governante sublinhou que a Madeira conta com uma moderna rede de serviços de saúde que cobre todo o território da região e “unidades hospitalares diferenciadas e de fim linha, capazes de responder desde as situações mais simples, às mais complexas”.

No seu entender, a evolução do serviço de saúde da Madeira “é inegável e tem sido decisiva para o nível de crescimento económico e social” deste território, destacando a importância do projeto de construção do novo hospital da região.

“É uma unidade imperativa para responder aos grandes desafios que se colocam à saúde e essencial ao nosso desenvolvimento enquanto região insular e ultraperiférica”, argumentou.

Sobre o encontro, apontou que “irá criar os alicerces para a construção de um futuro marcado por uma maior cooperação entre as regiões portuguesas e espanholas, em matéria de promoção da saúde das populações”.

Ainda indicou que o objetivo é, “a partir daqui, ser uma referência de excelência para uma União Europeia mais integrada, mais próxima dos cidadãos e com mais vantagens para a sua qualidade de vida”.

Pedro Calado concluiu que, “mais do que nunca, o Governo Regional da Madeira está empenhado em encontrar novas fórmulas de cooperação e de colaboração em todos os domínios, porque acreditamos que esse é o caminho que devemos seguir, ou seja, o caminho da partilha do conhecimento e do saber fazer, numa lógica global, transversal a todas as áreas, inclusive a da saúde e onde se inscreve, também, a telemedicina e a telesaúde”.

Este encontro decorre até 21 de janeiro, sendo promovido pela Sociedade Ibérica de Telemedicina e Telesaúde (SITT) e decorre em paralelo com a 4ª Jornada Luso-Brasileira de Telemedicina e Telesaúde e o I Encontro Regional de Telesaúde da Região Autónoma da Madeira.

O programa prevê a abordagem de temas como a importância da Telesaúde como ferramenta de apoio ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), teleassistência, telepatologia, entre outros.