"Posso confirmar que há dois casos [de infeção por legionella] em Castelo Branco que têm ligação a Vila Franca de Xira", confirmou o diretor-geral da Saúde à agência Lusa.

Francisco George explicou ainda que a DGS teve conhecimento destes dois casos "desde ontem [domingo] de manhã" e adiantou que, neste momento, "é só esta informação” que pode disponibilizar.

A Lusa contactou também o presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) de Castelo Branco, Vieira Pires, que não prestou quaisquer declarações e remeteu para o delegado de saúde de Castelo Branco qualquer informação sobre o assunto.

À Lusa, Joaquim Serrasqueiro remeteu para a DGS quaisquer informações sobre estes dois casos de infeção por legionella.

No domingo, Francisco George admitiu que o surto de legionella, que já causou 160 infeções e quatro mortes confirmadas, possa estar “próximo do máximo”, explicando que só uma pequena percentagem das pessoas expostas ficarão doentes.

Em declarações aos jornalistas, o responsável afirmou ao início da noite de domingo que “do primeiro dia para o segundo dia há uma triplicação [do número de casos] e deste último dia para hoje [domingo] há uma duplicação”.

Também no domingo, Francisco George disse que todos os casos de doentes infetados por legionella e que estão nos hospitais de Lisboa têm ligação a Vila Franca de Xira.

"Todos os casos, mesmo os de fora de Lisboa, têm uma ligação a Vila Franca de Xira, ou trabalham, ou estiveram lá, ou têm relações de qualquer tipo lá", disse Francisco George, sublinhando que "a grande maioria das situações aponta para Vila Franca".

O ministro da Saúde, também no domingo, anunciou que iriam ser encerradas as “principais torres de refrigeração” de empresas na área afetada pelo surto de legionella, em Vila Franca de Xira, enquanto estão a ser avaliadas casas particulares.

O governante disse que estão a ser feitos “todos estes esforços, por um lado, tendo em vista suspender potenciais focos da doença e, por outro lado, identificar a origem da doença”.