O porta-voz do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos, Carlos Braga, condenou hoje a intenção do Governo em deixar de comparticipar pílulas e três vacinas vendidas em farmácias, considerando a medida “desumana e penalizadora para os utentes”.
O Ministério da Saúde divulgou ma quarta-feira uma lista de medidas para reduzir as despesas no setor, entre as quais a intenção do Estado em deixar de comparticipar pílulas e as vacinas contra o cancro do colo do útero, hepatite B e contra a estirpe do tipo B do vírus da gripe e reduzir a comparticipação da associação de medicamentos antiasmáticos e broncodilatadores, refere a imprensa.
Com estas medidas, o Governo prevê poupar só com as com as descomparticipações mais de 19 milhões de euros, num total de quase 110 milhões de euros a atingir até 2013.
Em declarações à agência Lusa, o porta-voz do Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos frisou que estas medidas são “penalizadoras para os utentes” e ”não têm em consideração” a saúde das pessoas e a sua situação económica e social.
“Condenamos as medidas e lamentamos que as mesmas sejam tomadas em prejuízo das pessoas que mais sofrem e menos têm para poder ter acesso a cuidados de saúde. E, portanto, iremos apelar a que as pessoas manifestem o seu desagrado, protesto, indignação e oposição a estas medidas que põem em causa a saúde das pessoas”, salientou.
Carlos Braga adiantou à Lusa que pediu uma audiência ao ministro da Saúde “há já algum tempo” e ainda não obteve resposta.
O porta-voz adiantou ainda que vai reunir com os movimentos e comissões de utentes de todo o país para analisar a situação e decidir sobre eventuais medidas de protesto.
08 de setembro de 2011
Fonte: Lusa
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