Desde que o primeiro contágio foi detetado no continente africano, em 14 de fevereiro de 2020, no Egito, os 55 países membros da União Africana (UA) somam 6,07 milhões de infeções, cerca de 3,1% do total mundial, informou o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC).

Dessas infeções, 153.549 resultaram em mortes (cerca de 3,7% do total mundial) e 5,25 milhões de pessoas recuperaram da covid-19, de acordo com números do CDC até às 09:00, horário local (07:00 em Lisboa), de hoje.

Até 08 de julho, África tinha realizado pouco mais de 54 milhões de testes, um número muito baixo para uma população continental de cerca de 1.300 milhões de habitantes e que permanece em dúvida sobre a verdadeira magnitude da pandemia no continente.

O continente ultrapassou o limiar de seis milhões de casos no combate à terceira onda da doença, impulsionada pela variante delta do novo coronavírus, primeiro identificada na Índia, altamente contagiosa e presente em pelo menos 15 países africanos.

“Vemos claramente como a variante (delta) está a moldar a terceira onda no continente e sabemos que esta é altamente contagiosa em relação às outras”, disse o diretor do CDC África, John Nkengasong, na última quinta-feira numa conferência de imprensa.

A terceira onda também se está a agravar pela falta de vacinas no continente, onde, até o último dia 08, apenas 70,4 milhões de doses haviam chegado e 53,3 milhões foram administradas, segundo dados da UA.