O site Ashley Madison permanece inabalável, crescendo a olhos vistos. Só nos últimos cinco meses, 4 milhões de pessoas decidiram registar-se naquele que é considerado o maior site de relações extraconjugais.
Após o ataque informático que foi divulgado em agosto e expôs a identidade de 32 dos 39 milhões de utilizadores, o site revela agora na sua página inicial mais de 43 milhões de inscrições, indicando que há cada vez mais pessoas tentadas a trair o seu parceiro e iniciar um caso extraconjugal.
Um dado surpreendente e chocante tendo em conta o impacto negativo que teve na vida de milhares de pessoas. Para além de casamentos desfeitos, houve quem chegasse a tirar a própria vida pela vergonha de ver a sua vida privada exposta desta maneira. O pastor John Gibson foi um desses casos.
Segundo conta a estação televisiva CNN, seis dias após os hackers terem divulgado os nomes de milhões de utilizadores, o pastor cometeu suicido.
“Cheguei a casa do trabalho e comecei a encontrar, pela casa, pistas de que as coisas não estavam bem. Depois acabei por encontrá-lo e esse é um momento para o qual a vida não nos prepara. Como contamos ao nossos filhos que o pai morreu e tirou a própria vida?”, revela a viúva Christi Gibson.
Na carta de suicídio, John revela que o facto de estar deprimido, a vergonha que sentiu ao ouvir o seu nome na televisão o facto de isso lhe vir a custar o seu emprego foram o gatilho. A família acredita que o pior podia ter sido evitado e que deixa uma mensagem às pessoas que estiveram por detrás do ataque.
“Estas eram pessoas a sério, com famílias verdadeiras e dores reais. Isto não tem piada. E não é uma fonte de fofoca”, remata.
Recorde-se a Avid Life Media, empresa detentora do site, enfrenta agora uma longa batalha em tribunal com centenas de utilizadores do Ashley Madison. Em causa está o facto do site não ter protegido a identidade dos utilizadores e ter arruinado a sua vida.
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