Acaba de regressar ao humor na rádio. O objectivo é fazer-nos rir?

Espero que sim. O programa chama-se " O Tal País" e está no ar, na Antena Um, de segunda a sexta, às 9h55 e às 17h55.As Produções Fictícias e eu quisemos regressar em força aos terrenos do humor político.Foi buscar a inspiração aos espectáculos que anda a fazer pelo país inteiro?

Os espectáculos são, para além da minha fonte principal de rendimento, a minha nascente de inspiração. O contacto com as populações é insuperável!Voltar à estrada é o seu regresso às origens?

Eu diria que é o recuperar de uma prática que me formou, me deu a endurance e me consubstanciou.Estava com saudades de voltar ao contacto com o público?

Mais do que saudades. Precisava de voltar a sentir-me vivo, e sobretudo de me espantar com a energia dos novos públicos.Para os textos da rádio, voltou a recorrer ao talento da equipa das Produções Fictícias...

É verdade. Estou a criar os meus próprios monstros! Perigosos, talentosos, mas de qualidade!Em Setembro teremos o Herman e os Gatos e simultâneo na SIC?

Não faço ideia. Esses segredos estão guardados a sete chaves no neocortex do Nuno Santos (director de programas da SIC).Dizia numa entrevista ao Público que se vê a trabalhar na RTP2 fora do registo do humor. Seria um Herman José sem riso?

Nunca. Um Herman José maduro, mas rindo e brincando sempre. Está imprintado no meu código genético.O que o faz rir?

A crueldade das crianças.O que mais o comove?

O desgosto alheio.O que não suporta?

A morte.O livro de cabeceira?

O de cheques. Da autoria do BCP.O seu maior desejo?

Manter este estado de graça e felicidade por mais pelo menos 20 anos!Se pudesse recuar no tempo, o que mudava na sua vida?

Teria ido atrás do Joaquim de Almeida lavar pratos para Nova Iorque!