Os confinamentos associados à COVID-19 e a baixa imunidade nas crianças podem estar na origem dos misteriosos casos graves de hepatite aguda em crianças em vários países da Europa, diz especialista britânica.
Os casos de hepatite aguda em crianças, detetados em mais doze países, sobretudo, europeus, geram perguntas e também medo de uma nova epidemia. No entanto, a origem dessa grave inflamação do fígado continua por identificar.
O diretor do Programa Nacional para as Hepatites Virais afirmou hoje que as autoridades de saúde estão “muito atentas” e preparadas para intervir caso surja uma criança com hepatite aguda de origem desconhecida em Portugal.
O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) informou terem sido registados casos de hepatite aguda de origem desconhecida em crianças na Dinamarca, Irlanda, Países Baixos e Espanha, únicos casos até agora na União Europeia (UE).
O presidente da Sociedade Portuguesa de Gastroenterologia (SPG) disse não ter conhecimento de casos em Portugal de crianças com hepatite aguda de origem desconhecida, mas recomendou aos pediatras que estejam atentos a manifestações clínicas pouco visíveis.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) está a monitorizar de perto dezenas de casos de uma hepatite de origem desconhecida em menores de Reino Unido, Espanha e Irlanda, dos quais alguns tiveram que ser sujeitos a transplantes de fígado, anunciou a organização.
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) congratula a Região Autónoma da Madeira pelos excelentes resultados obtidos com o seu Programa de Eliminação de Hepatite C, que sugerem que esta será a primeira região de Portugal e, provavelmente, uma das primeiras da Europa, a erradicar o víru
Em Portugal, segundo os dados Infarmed, foram autorizados, desde 2015 até ao dia 01 de julho de 2020, 27.239 tratamentos para a hepatite C e iniciados 26.006. A taxa de cura mantém-se nos 97%, com 15.909 doentes curados e 572 não curados.
A reorganização da Unidade de Transplantes Hepáticos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) está terminada e a secção já passou a aceitar novos doentes para a lista de espera, após cinco meses de suspensão, foi hoje anunciado.
Mais de meio milhar de reclusos com hepatite C e perto de 300 infetados com VIH recebem cuidados de saúde hospitalares nas prisões, segundo o Relatório do Programa Nacional para as Hepatites Virais da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Portugal registou no ano passado 268 casos de hepatite C, 174 de hepatite B e 83 de hepatite A, segundo o relatório do Relatório do Programa Nacional para as Hepatites Virais da Direção-Geral da Saúde.
Cerca de 325 milhões de pessoas sofrem de uma infeção crónica pelo vírus da hepatite B ou C, segundo os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) que acentuam a necessidade de atuar urgentemente contra as hepatites.