O angioedema hereditário nem sempre é fácil de diagnosticar. É uma patologia rara e afeta 200 a 300 pessoas em Portugal. Falámos com Liliana Monteiro, 40 anos, portadora desta doença genética, a propósito do Dia Mundial de Consciencialização para o Angioedema Hereditário.
Os sintomas começam a manifestar-se, geralmente, na infância e agravam-se na puberdade, embora possam iniciar-se mais tarde, já na idade adulta, em alguns doentes.
As crises de angioedema podem ser desencadeadas por traumatismos, mesmo que ligeiros, pelo stress físico ou emocional, por procedimentos cirúrgicos ou dentários, mas em alguns casos acontecem de forma imprevisível e sem qualquer desencadeante identificado.
A Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) alerta para o desconhecimento que existe sobre o angioedema hereditário pelos profissionais de saúde e para o impacto que este desconhecimento tem na qualidade de vida dos doentes.
A Sociedade Portuguesa de Alergologia alerta para a importância do diagnóstico correto do angioedema hereditário, uma doença rara cujos sintomas são muitas vezes confundidos com alergias, o que atrasa a identificação e tratamento.
Embora tenha sido descrito em 1876, por Milton, ainda hoje muitos médicos desconhecem o angioedema hereditário (AEH), a ponto de confundi-lo com outras patologias, nomeadamente reação adversa a medicamentos ou alergia alimentar, e retardar, por conseguinte, o seu diagnóstico e tratamento. Um artigo
Angioedema é um termo utilizado para definir uma situação de inchaço (edema), subcutâneo ou submucoso, de instalação súbita mas de carácter transitório e envolvendo áreas bem delimitadas.