Num laboratório de Pequim, um técnico de diagnóstico rosa uma amostra das vias respiratórias, adiciona reagentes e a coloca-a num dispositivo preto e branco do tamanho de uma impressora.

É a máquina Flash 20, que custa 300.000 iuanes (cerca de 44.000 dólares) e que serve para detetar a presença, ou ausência, do coronavírus.

A máquina fornece o diagnóstico em meia hora e a pessoa examinada recebe o resultado diretamente no seu telemóvel.

"Pode ser útil para os hospitais e serviços de emergência. Por exemplo, quando uma pessoa ferida precisa de fazer uma operação. Podemos determinar rapidamente se está infetada ou não", disse à AFP a presidente e fundadora da empresa Coyote, Sabrina Li.

"Atualmente, é a máquina mais rápida do mundo para os testes PCR do coronavírus", disse a antiga estudante dos Estados Unidos de 38 anos, que fundou a empresa de biotecnologia em 2009.

COVID-19 Coronavírus
créditos: GREG BAKER / AFP

Com capacidade para analisar quatro amostras ao mesmo tempo, a Flash 20 é especialmente útil em casos de emergência.

Na China, os aeroportos usam esta máquina para controlar os passageiros que chegam do estrangeiro. E as autoridades de saúde usam-na há meses para fazer testes em moradores de bairros confinados, devido à covid-19.

Interesse no Ocidente?

Mas, estarão os países desenvolvidos interessados num produto chinês?  "É certo que o Ocidente é muito mais avançado em desenvolvimento tecnológico do que a Ásia, especialmente a China", disse o responsável pelo projeto da Flash 20, Zang Yuepeng.

Entretanto, a epidemia de SARS (2003-2004) foi um choque para a China e provocou uma grande "reorganização" do setor, que desde então fez grandes progressos em pesquisa e desenvolvimento, aponta.

"Por isso, conseguimos projetar e colocar rapidamente este produto no mercado depois do surto" da covid-19, acrescentou Zang.

Os designers da Flash 20 afirmam que a sua máquina é fácil de usar e pode ser operada por qualquer pessoa e não apenas pelos profissionais especializados.