Os dois lotes de vacinas vão ser entregues durante duas cerimónias distintas no Aeroporto Internacional de Maputo.

Portugal prevê “a curto prazo” enviar para Moçambique um segundo lote de vacinas, totalizando 100 mil doses.

A entrega decorre do compromisso político de disponibilizar aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste “pelo menos 5% das vacinas contra a covid-19 adquiridas por Portugal”, anunciou o governo português em comunicado.

Com as vacinas que hoje chegam a Maputo, o Ministério da Saúde moçambicano totaliza 981 mil vacinas recebidas desde que o primeiro lote chegou ao país.

A primeira doação de 200 mil doses de vacinas foi feita em março, pela China, seguindo-se um reforço de 100.000 doses da Índia e 384.000 pelo mecanismo Covax, uma iniciativa impulsionada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em prol da vacinação dos países pobres.

Entretanto, o setor privado moçambicano comprou 500 mil vacinas para os seus trabalhadores, doses que chegaram a 30 de junho e das quais 139.000 foram oferecidas ao Ministério da Saúde.

A estes lotes juntam-se hoje 50 mil de Portugal e 108 mil do mecanismo Covax.

O governo moçambicano quer que todos os adultos, cerca de 16 milhões de pessoas (um pouco acima de metade da população moçambicana), estejam vacinados durante o ano 2022.

O país tem assistido a um aumento do número de casos, óbitos e internamentos desde junho, após uma desaceleração entre março e maio.

Moçambique tem um total acumulado de 904 mortes e 80.151 casos de covid-19, 89% dos quais recuperados.