“Obviamente que o confinamento é tudo aquilo que não queremos e tudo aquilo para o qual trabalhamos para aliviar quer a pressão ao nível dos serviços de saúde, ACES [Agrupamentos de Centros de Saúde] e hospitais, quer a montante ao nível da interrupção de cadeias de transmissão”, disse António Lacerda Sales.
O governante, que falava na conferência de imprensa regular de atualização de informação sobre a pandemia em Portugal, garantiu que “todo o esforço” que o Governo está a fazer é a tentar afastar a possibilidade de qualquer novo confinamento.
“Estamos a trabalhar para podermos afastar a ideia de confinamento e, isso, garantidamente não deverá acontecer”, vincou.
Questionado sobre a pressão que se vai instalando no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e se está em cima da mesa alguma articulação com hospitais privados, o secretário de Estado admitiu que essa poderá ser uma possibilidade em regime de complementaridade ou supletividade.
O recurso a hospitais do setor social ou privado será sempre feito de acordo com as necessidades identificadas e a evolução epidemiológica, apontou.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e setenta e sete mil mortos e mais de 37,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.094 pessoas dos 87.913 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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