O Solstício de Inverno já foi e aqui está com toda a sua característica profundidade e magia.
O solstício é a noite que celebra o renascimento da luz (um dos principais motivos pelo qual foi escolhido este tempo para celebrar o nascimento de Jesus, segundo a tradição católica).
Por isso, por esta altura, tendemos naturalmente a acender velas, o fogo da lareira ou a fogueira, como homenagem à luz, ao calor, à vida. Tendemos também a honrar os pinheiros e azevinhos — plantas que se mantêm sempre verdes, sempre vivas. Plantas e árvores que tanto nos ensinam sobre a vida, os seus ciclos e a eternidade.
O inverno representa o período de descanso e recolhimento da terra para se nutrir. As chuvas, o vento e frio trazem o necessário às sementes fortes e audazes que silenciosamente germinam nas profundezas. Dentro.
Também é tempo de o fazermos em nós, nas nossas vidas. O germinar nas e das entranhas.
Tempo de recolhimento, nutrição, aprumo e fortalecimento das nossas raízes e estruturas interiores.
Tempo de auto reconhecimento de tudo o que foi e de tudo o que ficou, de tudo o que já não é e de tudo o que é, cresce e se manifesta.
Tempo de cuidar deste renascimento e a sua gestação.
Tempo de ninho e de aninhar, de abraços profundos, contos de histórias longas aos olhos curiosos, gargalhadas quentes em união familiar sob a mesa recheada de preciosidades e surpresas criadas em conjunto e em criatividade ao calor da lareira, ao calor do amor que nos une, que nos move e nos ritma o peito.
Tempo de inspirações longas, bons livros, bons filmes, lágrimas e sorrisos do corpo e alma.
Tempo de reciclagens, cozinhados demorados e deliciosos que perfumam a casa, acompanhados de chá, café ou vinho de fruta quente.
Tempo de olhar e sentir a chuva, o vento e o frio com o calor da nossa alma, aprendendo com a natureza, como purga, transforma, renasce, fortalece e cria e recria vida e movimento a cada ciclo.
Tempo de ir (bem quentinho) à biblioteca mais viva e sagrada deste Mundo, a floresta, a montanha, o mar — a natureza. Em silêncio ouvir, sentir e integrar o tanto que são.
Por este tempo solsticial cria uma tradição tua/vossa, um momento teu/vosso de introspeção, gratidão, integração e criatividade. Que haja também um momento de semeio e compromisso para contigo e o ciclo seguinte, para com o teu emergir à luz do sol, no seu tempo. Seja o que for, faz com tempo, amor, dedicação e vida. Algo que te ajude a olhar para dentro, ou a deixar que te expresses naturalmente para te veres.
Vivemos agora o tempo da noite que dará à luz o radioso dia. Vive-te com amor, fé e fogo interior. Presente.
Celebremo-nos entre o que e quem amamos, celebremos toda esta vivência que somos e da qual fazemos parte, honrando a vida abundante com que fomos e somos abençoados.
Que seja um inspirador Solstício para um quente, mágico, audaz e transformador inverno.
Que assim seja
Doces e quentes celebrações em amor, alegria, vida e cor.
Um doce e forte abraço em silêncio e profundo amor.
Nádia
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