O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) vai prolongar a paralisação à prestação de trabalho suplementar até às 24:00 do próximo dia 24 de novembro, devido à “incompreensível e desrespeitosa proposta” apresentada pelo Governo.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) apelou hoje aos clínicos para avisarem com 30 dias de antecedência da indisponibilidade para fazer horas extraordinárias, além das 150 obrigatórias por ano.
O diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde, mostrou-se hoje preocupado com a recusa de muitos médicos em fazer horas extraordinárias, considerando que essa ação pode colocar em causa a resposta aos utentes, que não têm alternativas.
Meia centena de médicos da Unidade Local Saúde Alto Minho (ULSAM) formalizaram hoje a recusa em fazer mais do que as 150 horas extraordinárias definidas pela lei, atitude que a administração admitiu estar a causar “preocupação”.
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) saudou hoje o pedido de apreciação e declaração de inconstitucionalidade da procuradora-geral da República sobre o excesso de horas extraordinárias dos médicos, pedindo medidas para valorizar o trabalho médico.
Os trabalhadores do INEM podem ter de fazer mais 20% de horas extraordinárias nos próximos meses do que o previsto na lei para dar resposta ao aumento da atividade operacional, estipula uma resolução aprovada hoje pelo Governo.
O decreto-lei que altera o regime remuneratório aplicável à prestação de trabalho suplementar realizado por médicos nos serviços de urgência foi hoje publicado em Diário da República, entrando em vigor no sábado.
O valor pago em horas extras aos médicos pelo trabalho realizado em serviços de urgência foi de cerca de 108 milhões de euros em 2022, segundo dados provisórios avançados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).
O novo regime remuneratório do trabalho suplementar reduz para 75% o valor pago aos médicos que façam horas extraordinárias nas urgências diurnas e internas dos hospitais, mas mantém os montantes para os serviços e períodos mais carenciados.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) advertiu hoje que a alteração ao regime de pagamento de horas extraordinárias vai agravar as necessidades das equipas dos serviços de urgência, que ficarão “mais frágeis” e com menos médicos disponíveis.
A reunião entre o Ministério da Saúde e os sindicatos dos médicos terminou sem acordo, mas o governo vai avançar com o pagamento de 50 euros à hora, para as horas suplementares, adiantou hoje a ministra Marta Temido.
A Fenprof acusou hoje serviços do Ministério da Educação de ameaçarem os docentes para que não faltem às horas extraordinárias criadas para resolver o problema das turmas sem professores, mas a tutela nega qualquer imposição.
O presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública (ANMSP) criticou hoje a falta de pagamento das horas extraordinárias aos médicos por algumas administrações regionais de Saúde.