A greve dos trabalhadores do setor da saúde, sobretudo os auxiliares de ação médica e os assistentes operacionais, está hoje a ter uma adesão entre os 75% e os 100%, com serviços encerrados de norte a sul do país.
A adesão à greve nacional dos trabalhadores da saúde, iniciada hoje, registou uma adesão entre 75% e 100%, segundo os primeiros resultados do turno da noite, anunciou a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais.
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) reúnem-se hoje com o Ministério da Saúde para negociações, após a ministra ter dito que dificilmente será possível atingir as grelhas salariais exigidas.
A greve e a manifestação dos técnicos de diagnóstico e terapêutica marcadas para sexta-feira foram hoje desconvocadas devido ao adiamento da discussão do diploma sobre a regulamentação da carreira destes profissionais no parlamento, disse à Lusa fonte sindical.
A greve dos trabalhadores da limpeza do Hospital de São João, no Porto, registou hoje 90% de adesão e a unidade hospitalar está a pedir às auxiliares da ação médica para fazer limpezas, disse fonte sindical.
A bastonária dos Enfermeiros entende que a crispação vivida no setor ocorre porque a Ordem tem denunciado situações “terceiro-mundistas” em vários hospitais, tem destapado feridas e lutado por condições de segurança nos cuidados.
Os primeiros dados referentes à greve dos trabalhadores da saúde nos hospitais do distrito de Lisboa dão uma adesão superior a 80 por cento atingindo, no caso do Amadora-Sintra, os 100%, segundo a Federação, da CGTP.
Constrangimentos na vigilância a grávidas foram até ao momento o principal reflexo do protesto dos enfermeiros que desde segunda-feira se recusam a fazer trabalho diferenciado, mas cuja situação poderá ficar desbloqueada na próxima terça-feira.