22 de outubro de 2013 - 08h22
A administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV) assegurou hoje que "tem pagado mensalmente, a tempo e horas, às empresas de prestação de serviços médicos" e "concentrado esforços para ultrapassar pontuais falhas de escala".
Em comunicado, o PCP denuncia que "os médicos que asseguram o serviço de urgência do Hospital de Águeda, subcontratados por uma empresa de trabalho temporário, estão sem receber há cinco meses, recusando-se a trabalhar por mais tempo sem receber o que lhes é devido".
Segundo o PCP, que pediu esclarecimentos ao Ministério da Saúde, "a resposta da administração do CHBV foi impor a deslocação de médicos da urgência do Hospital de Aveiro para o Hospital de Águeda, agravando, ainda mais, a situação daquele serviço hospitalar".
Os comunistas acusam a a administração hospitalar de," em vez de contratar mais médicos, tendo em conta as dificuldades objetivas no preenchimento das várias escalas de serviço, recorrer sistematicamente a empresas de trabalho temporário, à margem dos acordos firmados, entre o Ministério da Saúde e a classe médica, que preveem esse expediente apenas a título excecional e em casos pontuais".
Numa nota enviada à Lusa, a administração do CHBV considera que tais informações são "falsas" e esclarece que "tem pagado mensalmente, a tempo e horas, às empresas de prestação de serviços médicos" e que "a haver incumprimentos, estes não podem ser imputados ao Centro Hospitalar que tem cumprido, integralmente e com pontualidade, as suas obrigações".
Adianta que, em julho, abriu novo concurso "que, cumprindo rigorosamente todos os trâmites legais, selecionou a empresa Kelly Services como empresa prestadora de serviços médicos dos Serviços de Urgência de Aveiro e Águeda, já a partir do próximo dia 01 de novembro".
Admitindo a existência de "dificuldades pontuais", o conselho de administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga assegura que "nenhum doente deixou de ser bem assistido no Serviço de Urgência, quer na Unidade Básica de Águeda, quer na Unidade Médico-Cirúrgica de Aveiro".
Mais, afirma, tem "concentrado todos os esforços no sentido de ultrapassar, em conjunto com a atual empresa prestadora de serviços médicos e com o corpo clínico do Centro Hospitalar, pontuais falhas de escala".

SAPO com Lusa