De acordo com os dados registados até às 20:30 locais, os Estados Unidos são o primeiro país no mundo a ultrapassar a marca das duas mil mortes num dia, registando 2.108 vítimas da pandemia da covid-19.

Na quinta-feira, os Estados Unidos tinham registado 1.783 mortes pela COVID-19.

O número total de mortos registados nos Estados Unidos é agora de 18.586, um valor próximo do país com mais vítimas mortais no mundo, a Itália, que contabiliza 18.849 falecidos.

Os Estados Unidos da América são o país com mais casos confirmados no mundo, aproximando-se do meio milhão de pessoas, com 496.535 casos.

Nova Iorque regista 777 mortes em 24 horas

O número anunciado ontem aumenta para 7.844 as mortes na região provocadas pelo novo coronavírus.

Andrew Cuomo diz que o que está a acontecer "não é fácil de aceitar" e adianta que grande parte das pessoas internadas, a necessitar de ventiladores durante as últimas semanas, não estão a sobreviver.

Nas últimas 24 horas, segundo o governador do estado de Nova Iorque, entraram 4.908 infetados nos cuidados intensivos, enquanto no dia anterior esse número era de 4.925 pacientes.

Hoje, as autoridades confirmaram estarem a ser enterrados cadáveres numa vala comum na ilha de Hart, a noroeste da cidade, devido ao aumento significativo de mortes pelo novo coronavírus.

A zona era utilizada para sepultar corpos não reclamados nas morgues entre 30 a 60 dias, mas, devido à pandemia, e à necessidade de espaço para receber mais mortos, passaram a ser transferidos para a ilha de Hart cadáveres de infetados pela covid-19.

"É provável que pessoas que tenham morrido [de coronavírus] sejam enterradas na ilha nos próximos dias", admitiu Freddi Goldstein, assessor de imprensa do município de Nova Iorque, declarações proferidas quando surgiram imagens de vários caixões depositados numa vala comum.

Este responsável explicou que, em circunstâncias normais, um corpo por identificar ou por reclamar pode ficar na morgue entre um a dois meses, mas acrescentou que a média de funerais na ilha de Hart é de 25 por semana, quando agora, desde se começaram a notar os efeitos letais da pandemia, são sepultados no local 25 pessoas por dia.

O governador de Nova Iorque receia o perigo de uma segunda vaga da COVID-19 e entende antes de os cidadãos poderem voltar normalmente ao trabalho, deverão ser realizados milhões de testes, para detetar a presença de anticorpos.

Nova Yorque regista neste momento mais casos de infetados, 160 mil, do que qualquer país.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da COVID-19, já provocou a morte a mais de 100 mil pessoas e infetou mais de 1,6 milhões em 193 países e territórios.

Dos casos de infeção, mais de 330 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.