De acordo com o Dr. Filipe Palavra, neurologista do Centro Hospitalar Universitário da Universidade de Coimbra, o BiogenLinc «é uma plataforma fácil de aceder, explorar e utilizar, que disponibiliza conhecimento médico atualizado, de ponta, sobre áreas de intervenção clínica diferenciadas».
HealthNews (HN) – O que é plataforma BiogenLinc?
Filipe Palavra (FP) – O BiogenLinc, que tive a oportunidade de explorar de antemão, segue uma linha de intervenção da Biogen no sentido de disponibilizar aos profissionais de saúde um conjunto de estruturas que permite organizar a informação científica de uma forma muito estruturada. É uma plataforma fácil de aceder, explorar e utilizar, que disponibiliza conhecimento médico atualizado, de ponta, sobre áreas de intervenção clínica diferenciadas.
O BiogenLinc tem a particularidade de ser uma fonte de informação fidedigna, bem organizada e bem estruturada, onde os profissionais de saúde podem ter, de forma rápida e acessível, muita informação relativamente a algumas das doenças que lá se encontram versadas.
HN– Quais são os objetivos do lançamento desta plataforma?
FP – Já tínhamos alguma experiência prévia, com alguns projetos da Biogen, relativamente à disponibilização de fontes fidedignas de informação. Nesse aspeto, importa reforçar o impacto da plataforma Neurodiem no nosso dia-a-dia. Em linha com essa experiência, de natureza mais internacional, o BiogenLinc, focado na organização da informação em doenças como a atrofia muscular espinhal e a esclerose múltipla, reflete a intervenção da própria Biogen nessas áreas. Isso é algo que, reconhecidamente, os profissionais de saúde têm salientado como positivo.
A minha experiência pessoal, e também através daquilo que vou partilhando com os meus colegas relativamente à plataforma Neurodiem, é muito positiva. Se, como esperamos, o BiogenLinc tiver o mesmo tipo de projeção do Neurodiem, naturalmente que será uma fonte de informação útil e importante, isenta e adequada para os profissionais de saúde.
HN – Para além de ser uma fonte de informação, propriamente dita, que outras vantagens tem o BiogenLinc para os profissionais de saúde que trabalham nas áreas das doenças neurológicas, doenças raras e biossimilares?
FP – Penso que o BiogenLinc pode ser também uma plataforma muito interessante para veicular formação. Desde a pandemia que estamos habituados a utilizar este tipo de recursos online. Recorrer a vídeos formativos que podem ajudar a perceber, por exemplo, como se faz o diagnóstico ou como se orienta um doente com determinada condição clínica, pode ser realmente importante.
O BiogenLinc tem um potencial pedagógico considerável. Além de podermos procurar informação relativa a um aspeto específico de algumas patologias, o que pode ser particularmente interessante para os profissionais que com elas lidam no dia-a-dia, através destes tipos de portais temos a possibilidade de disponibilizar a todos os profissionais, independentemente do seu grau de diferenciação nessas mesmas patologias, um conjunto de ferramentas sobre a doença, como se diagnostica, como se orienta e como se pode estudar uma pessoa quando há suspeita de uma determinada doença. E, acima de tudo, chamar a atenção para o diagnóstico precoce, algo que devemos fomentar na nossa prática clínica.
HN – Quem se pode inscrever no BiogenLinc?
FP – Qualquer profissional de saúde poderá ter a possibilidade de se inscrever.
HN – Não apenas médicos?
FP – Exatamente. Por esse motivo, a informação sobre as temáticas que, genericamente, ali estejam versadas, também terá de ser acessível a outros profissionais de saúde.
O funcionamento de qualquer equipa multidisciplinar será naturalmente melhor se, porventura, todos os profissionais que dela fazem parte tiverem um nível de formação elevado e diferenciado. Isso constrói-se no dia-a-dia, com a experiência clínica que se vai acumulando ao longo dos anos. Mas naturalmente que tudo poderá ser mais fácil se, no contexto da própria equipa multidisciplinar (médicos, enfermeiros e farmacêuticos) houver fontes de informação que todos os profissionais conheçam e que possam utilizar na sua própria formação.
HN– Como se processa o registo e o acesso à plataforma?
FP – Através do preenchimento de um formulário e de uma password. Haverá um controlo sobre quem acede à informação, uma vez que não está disponível para o público em geral. É informação filtrada e organizada por temas que dizem respeito à prática clínica de algumas equipas especializadas em determinadas doenças.
O facto de exigir um registo prévio garante que quem acede à informação é quem está, de facto, na posse de algum do conhecimento que permite interpretar essa mesma informação no dia-a-dia.
HN – Tendo em conta o impacto das anteriores ferramentas colocadas à disposição dos profissionais de saúde pela Biogen, quais são as expectativas em termos de adesão a esta nova plataforma?
FP – Já referi a plataforma Neurodiem, em que Portugal se revelou um país muito dinâmico. A nível europeu e mundial, ficámos muito bem posicionados sobre como divulgar e utilizar estas ferramentas no nosso dia-a-dia.
No âmbito dos neurologistas portugueses, existe uma grande adesão a este tipo de plataformas. A minha expectativa é que, em relação ao Biogen Linc, a adesão seja similar.
Este tipo de ferramentas online pode ser utilizado em função da disponibilidade de cada profissional de saúde, sem a pressão de terem de aceder a um determinado conteúdo num momento específico porque, depois, vai desaparecer. Penso que isso deve ser realçado: pouco interessa ter informação de elevada qualidade se, de facto, ela não chega, nem pode ser processada pelos profissionais, se não tiverem disponibilidade para tal. Por outro lado, é essencial formar e informar para que os diagnósticos sejam feitos mais precocemente e, naturalmente, que os doentes também sejam tratados mais precocemente no âmbito destas doenças neurológicas.
Aceda à BiogenLinc AQUI
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