O Eurogrupo defendeu hoje que o aumento acentuado nas novas infeções de COVID-19 na Europa e as novas medidas restritivas adotadas “aumentaram ainda mais a incerteza” sobre a economia da zona euro e “deverão pesar” na recuperação.
O presidente do Eurogupo defendeu hoje que os Estados-membros devem deixar as “velhas linhas vermelhas” e concentrarem-se em acordar uma “solução comum” para gerir o peso da dívida associado ao indispensável plano de recuperação da economia europeia.
O presidente do Eurogrupo disse hoje, em entrevista conjunta a jornais europeus, que serão precisos “pelo menos dois anos inteiros” para recuperar da crise e que o plano de recuperação deve estar disponível até início do verão.
O presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, advertiu que os ministros das Finanças europeus têm de chegar hoje a um entendimento sobre uma resposta económica conjunta à crise provocada pela pandemia covid-19, que esteja à altura das expectativas dos cidadãos.
Espanha registou, nas últimas 24 horas, 757 mortes devido ao novo coronavírus, um número diário que aumenta há dois dias consecutivos depois de quatro a descer, havendo agora um total de 14.555 óbitos, segundo as autoridades sanitárias.
O ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou hoje que o Eurogrupo está a ponderar avançar com uma linha de crédito rápida destinada a Espanha que pode chegar a "uns 28 mil milhões de euros" para ajudar no combate à covid-19.