O relatório anual do Observatório Europeu das Drogas e da Toxicodependência é hoje divulgado, em Bruxelas, e refere as substâncias que estão a causar mais preocupação, bem como as tendências no tráfico e consumo de estupefacientes.
A nova Agência da União Europeia de Luta Contra a Droga reforça os poderes da atual na resposta aos novos desafios que as drogas ilícitas representam para a saúde e segurança e dará mais apoio aos Estados-membros.
O consumo recreativo de óxido nitroso é uma preocupação crescente na Europa por haver riscos e danos associados a este gás, que “é fácil de obter, barato e popular entre os jovens”, aponta um relatório do Observatório Europeu.
Portugal tem registado nos últimos anos uma crescente utilização pelos jovens de óxido nitroso em contexto recreativo, estando a ser estudados os malefícios para a saúde do consumo desta substância que já consta da lista de drogas proibidas.
De acordo com o mais recente relatório do Observatório Europeu das Drogas e da Toxicodependência (EMCDDA na sigla em inglês), hoje divulgado em Lisboa, “em 2020, foram desmantelados mais de 350 laboratórios de produção de drogas ilegais, incluindo alguns locais de produção de cocaína, metanfetaminas
Com a guerra na Ucrânia, os toxicodependentes com acesso ao tratamento naquele país representam uma pequena proporção dos que procuram refúgio na União Europeia, mas necessitam de continuidade de assistência, defendeu hoje o Observatório Europeu.
Em 2021 foram comunicadas, pela primeira vez, 52 Novas Substâncias Psicoativas através do Sistema de Alerta Rápido da União Europeia, elevando para 880 estas drogas monitorizadas pelo Observatório Europeu, que alerta para o surgimento de NSP “potentes e perigosas”.
A oferta e o consumo de droga na Europa estão a intensificar-se desde o alívio de restrições da pandemia de covid-19 e estão a surgir “novas substâncias psicoativas potentes e perigosas” e diversidade dos produtos à base de canábis.
O tráfico de droga europeu adaptou-se às restrições de mobilidade impostas pela pandemia, com traficantes e consumidores a recorrem a novos métodos, levando à transição desse mercado para o digital, alerta um relatório hoje divulgado.
Mais de 400 novas substâncias psicoativas foram detetadas no mercado europeu da droga e cerca de 370 laboratórios foram desmantelados em 2019, o que indicia uma estratégia dos traficantes para produzir mais perto dos consumidores.
Perto de 30% dos adultos da União Europeia já consumiu drogas ilícitas pelo menos uma vez na vida, indica um relatório hoje publicado, que avança que em 2019 foram realizadas cerca de 1,1 milhões de apreensões.
Os grupos de crime organizado no tráfico de droga adaptaram-se rapidamente aos constrangimentos de circulação em tempo de pandemia de covid-19, passando a usar mercados ‘online’ e serviços de entrega ao domicílio, segundo um relatório hoje divulgado.
Este número aumenta para uma estimativa de 9.200 mortes se a Noruega e a Turquia forem incluídas, representando uma ligeira diminuição em relação à estimativa revista de 9.500 em 2017.
O número de apreensões de cocaína e respetiva quantidade na Europa são atualmente os mais elevados de sempre, tendo sido apreendidas 181 toneladas desta droga em 2018, segundo um relatório europeu.
O Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência estima que 1,3 milhões de pessoas entre os 15 e os 64 anos na União Europeia eram consumidores de opiáceos de alto risco em 2018.
Cerca de 1,3 milhões de apreensões de droga foram registadas na Europa em 2018, sendo os produtos de canábis os mais frequentes, segundo o Relatório Europeu sobre Drogas hoje divulgado em Bruxelas.