Esta é a primeira vacina, entre as várias chinesas que concluíram a fase 3 de testes, de que é conhecida oficialmente a sua eficácia.
No início do mês, as autoridades dos Emirados Árabes Unidos, um dos países que participaram nos testes da vacina, tinham apontado para 86% de eficácia.
O país árabe tornou-se assim o primeiro a aprovar uma vacina chinesa, mesmo antes da própria China, que ainda não autorizou oficialmente a comercialização de nenhuma das vacinas desenvolvidas no país, embora a imprensa estatal tenha assegurado que esse processo estará concluído antes do final deste ano.
O Instituto de Produtos Biológicos de Pequim, uma subsidiária da Sinopharm, disse que os resultados dos testes de fase 3 revelaram que os seus níveis de segurança são “bons” e que todos os participantes desenvolveram altos níveis de anticorpos, após receberem ambas as doses, embora não mencione possíveis efeitos colaterais.
O comunicado refere, em linha com os testes realizados nos Emirados Árabes Unidos, que a taxa de soroconversão, ou de desenvolvimento dos anticorpos que defendem contra a infeção, é de 99,5%.
O Instituto de Produtos Biológicos de Pequim assegurou que os dados provisórios extraídos dos ensaios estão em linha com as normas técnicas da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Esta vacina tem sido usada na China, desde julho passado, em grupos de maior risco, como funcionários de saúde ou de programas de prevenção da doença, trabalhadores em portos ou serviços logísticos, ou profissionais colocados em países onde o risco de contágio é considerado alto.
Há pouco mais de um mês, o presidente da Sinopharm, Liu Jingzhen, afirmou que quase um milhão de pessoas na China tinham recebido uma das vacinas de “emergência” e que apenas um pequeno número experimentou efeitos adversos e ligueiros.
Atualmente, quatro vacinas desenvolvidas na China alcançaram a fase 3 dos ensaios clínicos – duas da Sinopharm, uma da Sinovac e uma da CanSino Biologics.
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