A era dos antibióticos que tratam tudo pode estar perto do fim. Os fármacos de largo espectro podem vir a ser substituídos por medicamentos mais direcionados graças a um novo dispositivo que permite identificar bactérias em poucos minutos, revelou recentemente uma universidade norte-americana.
Investigação feita no Brasil mostra que é fundamental identificar e isolar o paciente infetado. Resultados indicam ainda que o internamento na urgência por mais de dois dias pode comprometer os esforços de contenção da bactéria.
A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou, num relatório esta terça-feira, que as superbactérias resistentes a medicamentos estão a proliferar em parte por causa da poluição dos setores farmacêutico e agrícola.
Testes laboratoriais descobriram que cerca de 10% dos produtos amostrados em supermercados eram resistentes a antibióticos usados para tratar doenças graves em humanos.
Um estudo apresentado no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas, em Lisboa, alerta para a possibilidade de superbactérias poderem ser transmitidas de porcos para humanos, devido ao aumento da resistência aos antibióticos.
Uma equipa de cientistas, incluindo a portuguesa Paula Salgado, descobriu que a superbactéria Clostridium difficile ou 'C. diff', que infeta o intestino, tem uma camada compacta de proteínas que propicia a sua resistência a antibióticos, foi hoje divulgado.
Artur Paiva, diretor do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e Resistências aos Antimicrobianos (PPCIRA), implementado em 2013, sob a alçada da DGS, explica à Lusa que o principal fator determinante para as bactérias ganharem resistência é a exposição a antibióticos.
Uma equipa de três investigadores portugueses conseguiu detetar, fazer o retrato genético de uma bactéria e determinar a melhor forma de a combater em tempo recorde, num simulacro de surto num hospital.
A inclusão do problema da resistência aos antibióticos nos currículos escolares é uma das medidas previstas no Plano Nacional de Combate à Resistência aos Antimicrobianos 2019-2023, hoje divulgado, que tem como objetivo “melhorar a saúde da população”.
A resistência a um dos antibióticos mais comuns para o tratamento da infeção pela bactéria 'Helicobacter pylori', que se aloja no estômago, duplicou em 20 anos na Europa, revela um estudo apresentado hoje.