A pandemia de COVID-19 levou as aulas para dentro de casa em tempo recorde, e criou uma versão moderna da Telescola. A máscara passou a ser material obrigatório no regresso à escola e já ninguém estranha quando alguém falta.
Os alunos mais novos, com mais carências, portadores de deficiência ou em risco de maus-tratos são os que a COVID-19 revelou que mais precisam de uma escola presencial, afirmou hoje o secretário de Estado Adjunto e da Educação.
O ensino à distância devido à pandemia de COVID-19 permitiu individualizar o trabalho com os alunos, segundo docentes do ensino básico e secundário, que concordam que o acompanhamento diferenciado vai ser ainda mais importante no próximo ano letivo.
O antigo ministro da Educação Nuno Crato acredita que os alunos mais prejudicados pelo ensino à distância vão necessitar um "cuidado especial" no início do próximo ano letivo, para recuperar dos constrangimentos do 3.º período causados pela pandemia.
Os representantes dos pais consideram que o modelo de ensino à distância implementado para substituir as aulas presenciais durante a pandemia da COVID-19 criou e acentuou desigualdades entre alunos, mas reconhecem que foi a solução possível.
Um estudo publicado na revista científica BMC Public Health concluiu que as crianças do ensino pré-escolar passam, em média, mais de uma hora e meia (154 minutos) por dia em frente à televisão e outros dispositivos.