O proprietário de um viveiro de plantas de Mirandela, no distrito de Bragança, perdeu “mais de metade” do negócio com o aparecimento da bactéria ‘Xylella fastidiosa’ em algumas oliveiras, disse hoje à Lusa o próprio.
Uma planta infetada com a bactéria “Xylella fastidiosa” foi destruída no concelho de Baião, em meados de janeiro, não tendo sido encontrados outros exemplares desde então, informou hoje fonte autárquica.
Associações de produtores e agricultores da região Norte afirmam-se “preocupadas” com o impacto da ‘Xylella fastidiosa’ nas culturas e viveiros, e com a evolução da bactéria na região Norte, que conta com sete Zonas Demarcadas.
A bactéria 'Xylella fastidiosa' obrigou, desde 2020, ao abate de cerca de 10.000 espécies vegetais no Porto, especialmente no viveiro municipal, encontrando-se a cidade em "risco premente" de ver destruído um vasto conjunto de espécies.
Uma investigadora da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto afirmou hoje que as medidas de erradicação da Xylella fastidiosa "não são as adequadas", defendendo que as plantas que não manifestam danos podem ser fundamentais para resolver o problema.
A bactéria 'Xylella fastidiosa', detetada há quatro anos em Portugal e associada a doenças que foram "devastadoras para a agricultura", já levou à criação de sete Zonas Demarcadas a Norte, afetando a produção de "espécies de elevado valor económico".
O vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, afirmou que a bactéria 'Xylella Fastidiosa' foi detetada na cidade e poderá provocar o "desaparecimento" dos metrosideros (árvores-de-fogo ) existentes na zona de Sobreiras, bem como de algumas árvores da Avenida Fernão de Magalhães.
A bactéria ‘Xylella fastidiosa’, que afeta plantas, foi confirmada em “sete nove locais” de Vila Nova de Gaia, Santa Maria da Feira e Porto, tendo a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária delimitado 13 concelhos para evitar a propagação.