O delegado de saúde de Bragança ficou em prisão domiciliária, depois de detido por suspeitas de liderar um esquema ilícito de emissão de certificados de óbito e transporte de cadáveres, disse hoje à agência Lusa fonte judicial.
O inspetor da Polícia Judiciária (PJ), António Trogano, classificou hoje de “muito grave” o esquema entre médicos e funerárias descoberto em Bragança por poder ocultar crimes por detrás de óbitos declarados sem verificação.
O Juízo de Instrução Criminal de Aveiro decidiu levar a julgamento todos os 20 arguidos do caso relacionado com o alegado favorecimento de agentes funerários por parte de dois funcionários da casa mortuária do Hospital local.
A Associação das Empresas Lutuosas (ANEL) disse hoje que a atualização da norma para a realização de funerais covid-19, feita pela Direção-Geral da Saúde (DGS), “instalou o arraial” no setor, tendo escrito à ministra da Saúde a solicitar clarificação.
Dirigentes de associações representativas do setor funerário defenderam hoje que os profissionais desta área devem integrar os grupos prioritários de vacinação contra a covid-19, justificando com o risco e com o facto de ser uma atividade de primeira necessidade.
Diante da explosão do número de mortes associadas à COVID-19 durante uma virulenta terceira onda da pandemia em Portugal, as casas funerárias estão à beira do colapso e redobram a vigilância em matéria de segurança sanitária.
Agências na região parisiense de portugueses e luso-descendentes continuam a fazer transladações para Portugal e afirmam que têm lidado com casos de portugueses mortos em França devido à covid-19.
As autoridades portuguesas estão há quase 10 anos para elaborar regras para as funerárias saberem o que fazer nos casos de cremações de doentes oncológicos que fizeram tratamentos e que podem deixar as cinzas radioativas.