A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) instou hoje a farmacêutica norte-americana Moderna a partilhar "urgentemente" a tecnologia das vacinas mRNA com fabricantes de países em desenvolvimento por ter recebido fundos públicos para desenvolver a vacina contra a covid-19.
O laboratório alemão BioNTech, que desenvolveu com a Pfizer a primeira vacina mRNA contra a COVID-19, anunciou hoje que criou unidades móveis de produção, que serão enviadas para África ainda este ano para fabricar a vacina no terreno.
A tecnologia usada nas vacinas contra a COVID-19 não começou a ser estudada há apenas um ano, ao contrário do que se possa pensar. Começou há várias décadas com a descoberta do RNA mensageiro (mRNA) e do adenovírus.
Uma vacina experimental contra a sida baseada na mesma tecnologia de duas vacinas contra a covid-19, o mRNA, obteve bons resultados em ratos e macacos, segundo dados de cientistas publicados na revista científica "Nature Medicine".
As vacinas que utilizam a tecnologia mRNA, caso da Pfizer e da Moderna, apresentam uma eficácia que varia entre os 81% e os 96% contra a morte por covid-19 nos idosos, estima um estudo nacional hoje divulgado.
Um estudo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) sugere que as vacinas de tecnologia mRNA (Pfizer e Moderna) são menos eficazes a prevenir a infeção pela variante Delta do coronavírus SARS-CoV-2.