Quando chegou ao centro médico de Pobe, no leste do Benim, Folahan tinha o rosto coberto de nódulos, um sintoma comum da hanseníase. Ela é só mais uma entre os 210.000 pacientes diagnosticados no ano passado com uma doença que se acreditava estar erradicada.
O diagnóstico tardio da doença de Hansen (lepra) em Angola e as consequentes incapacidades físicas com que estes doentes são identificados surpreendeu a relatora especial da ONU para a eliminação da discriminação contra as pessoas afetadas pela doença.
Muitos doentes com lepra reviveram com a covid-19 o que passaram quando foram diagnosticadas, do isolamento à discriminação, passando pela ansiedade por uma vacina ou cura, segundo a Relatora Especial da ONU.
A primeira relatora especial das Nações Unidas contra a discriminação das pessoas com lepra é uma portuguesa que combate as resistências dos países europeus em reconhecer a doença como um problema de direitos humanos, porque já a eliminaram.
A Relatora Especial da ONU para a Lepra, a portuguesa Alice Cruz, defende uma estratégia da CPLP para eliminar a discriminação e a própria doença, sublinhando que alguns dos Estados-membros têm uma elevada incidência desta patologia.
O exame foi desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), maior centro de investigação médica da América Latina e vinculado ao Ministério da Saúde do Brasil, e a sua utilização e comercialização já foram autorizadas pelos órgãos reguladores, informou quarta-feira a instituição.