A secretária de Estado da Inclusão disse hoje que existem 473 casos sociais internados nos hospitais públicos e referenciados através da plataforma de sinalização específica, não compreendendo o levantamento feito pelo Barómetro de Internamentos Sociais.
A responsável da Direção Executiva do SNS Filomena Cardoso esclareceu hoje que, dos mais de 1.600 casos de internamentos inapropriados nos hospitais de doentes que tiveram alta, são cerca de 840 os que aguardam por vaga nos cuidados continuados.
Um total de 1.675 camas dos hospitais públicos estavam, em março, ocupadas por pessoas internadas apenas por razões sociais, um aumento de 60% dos internamentos inapropriados que deve custar ao Estado 226 milhões de euros este ano.
O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, afirmou hoje que o modelo criado pelo Governo para dar resposta a doentes hospitalizados por motivos sociais “está a funcionar e já permitiu aliviar a situação”, apesar de o número ainda preocupar.
Mais de 1.000 camas dos hospitais públicos estavam ocupadas em março com pessoas que não necessitariam de estar internadas, um aumento de 23% face ao mesmo mês de 2021, representando um custo de quase 19,5 milhões de euros.
Os internamentos sociais atingiram esta semana "um nível recorde" no Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), com 40 doentes com alta hospitalar a aguardar resposta social de retaguarda, avançou hoje à Lusa fonte do hospital.
O número de internamentos sociais nos hospitais está em queda, mas as 853 camas ocupadas sem justificação clínica em março representavam um custo superior a 16 milhões de euros e deviam-se sobretudo à falta de vagas em instituições sociais.