As autoridades da saúde dos Estados Unidos aconselharam, no final da semana passada, as mulheres grávidas a não viajarem para Miami Beach, na Florida, depois de se ter confirmado a existência de um foco de mosquitos com o vírus Zika naquela zona costeira. Há pelo menos 5 casos identificados de infeção local nesta área turística. No entanto, noutras áreas de Miami - menos turísticas - já haviam sido identificados pelo menos 14 casos de transmissão local.

A Direção-geral de Saúde em Portugal ainda não se pronunciou sobre o tema, nem emitiu qualquer comunicado a aconselhar a restrição de deslocações de mulheres grávidas a esta região, embora o tenha feito em relação ao Brasil e ao Rio de Janeiro em particular.

Os Centros para o Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) sugeriram que as mulheres grávidas devem evitar todo o município de Miami-Dade.

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"Isto significa que acreditamos ter uma nova área onde ocorrem transmissões locais em Miami Beach", disse Rick Scott, governador da Florida, numa conferência de imprensa.

Já começaram a ser aplicados pesticidas para combater o mosquito que transporta o Zika, o Aedes aegypti.

As orientações atuais dos CDC recomendam que os homens esperem seis meses após serem infetados com o Zika para terem relações sexuais desprotegidas ou pensarem em ter filhos. Deste modo, evitam que o vírus passe às suas parceiras através do sémen.

Estas recomendações têm como base observações científicas que relatam a presença do vírus no sémen até 93 dias após a infeção (cerca de três meses). No entanto, um estudo recente publicado na revista Eurosurveillence descreveu dois casos em que o vírus se manteve no esperma durante seis meses.

Com agências