Este homem de 30 anos teve febre e erupções ao longo de cinco dias durante uma viagem ao Haiti em janeiro, informa este estabelecimento, cujo estudo foi publicado na quinta-feira (12/08) pela Eurosurveillance, revista europeia de epidemiologia.

O instituto Spallanzani, especializado em doenças infecciosas, analisou uma série de amostras do paciente. A análise detetou que, 91 dias depois dos primeiros sintomas, o vírus permanecia presente na urina, saliva e esperma. Ao 134º dia, apenas o esperma ainda apresentava resultados positivos para a presença deste flavivírus.

Ao 188º dia, ou seja, seis meses depois dos primeiros sintomas, "a amostra de esperma continuava positiva", diz o instituto que salienta que o jovem não sofre de nenhuma doença crónica ou deficiência imunitária.

Durante todo este período, o paciente utilizou preservativos nas relações sexuais com a sua esposa que, por sua vez, não apresentou sinais da infeção por Zika.

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O vírus é particularmente perigoso para as mulheres grávidas, já que pode causar danos permanentes no feto, incluindo a microcefalia, uma malformação congénita na qual o bebé nasce com o crânio e o cérebro menores que a média.

O vírus é frequentemente transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, mas também por relações sexuais com pessoas contaminadas ou por contacto com sangue infetado.

Os resultados deste estudo "ressaltam a necessidade de recomendar aos pacientes afetados que se abstenham de manter relações sexuais ou que utilizem preservativos pelo menos durante seis meses", insistem os autores.

Com AFP