Precisa mesmo de crédito pessoal?

A primeira questão que deverá colocar será: será que preciso mesmo de pedir crédito pessoal? Não terei outra alternativa? E será que preciso mesmo de comprar este produto ou serviço? Por vezes, temos a ideia de que não temos alternativas ou que é mesmo preciso fazer determinada compra. No entanto, esperar alguns meses pode dar-nos uma nova perspetiva. Em última análise, pode implicar uma nova reflexão que nos leve a concluir que não precisamos mesmo do crédito.

Tenho alternativas ao crédito pessoal?

Se concluiu que precisa mesmo de fazer uma compra tem de saber como a irá financiar. Tem poupanças que pode desmobilizar? Tem quem lhe possa emprestar o dinheiro, o que evitará que pague juros e comissões desnecessárias?

É curioso mas constatamos muitas vezes que há pessoas com dívidas de cartão de crédito ou que estão a pedir crédito mas que têm depósitos a prazo ou certificados de aforro que não querem levantar. Percebendo alguns dos argumentos, deveremos ter sempre em consideração que em finanças deveremos fazer sempre uma análise de custo benefício. De nada vale pagarmos 20% de taxa de juro quando temos um depósito a prazo a render 1%...

Como definir o montante máximo para crédito pessoal?

A resposta a esta pergunta deverá ter em consideração o seu rendimento e as suas despesas. Na prática, uma análise adequada ao seu orçamento familiar irá dizer-lhe qual a margem que tem para novas prestações. Em banca esta margem pode ser avaliada pela taxa de esforço, que nos diz a relação entre as suas prestações financeiras e o rendimento líquido da sua família.

Nesta análise sugerimos sempre que faça a simulação de diversos cenários e que use algum conservadorismo. Pense sempre que a realidade pode mudar para pior pelo que deverá ter alguma margem de manobra para evitar o risco de incumprimento. Assim, procure ter uma taxa de esforço que não ultrapasse os 30%-40%.

Onde procurar o crédito pessoal?

Podemos ser tentados a olhar para a Banca Tradicional como tendo as alternativas mais baratas do mercado, especialmente comparando com outras instituições financeiras de crédito. No entanto, deveremos considerar sempre na nossa análise não apenas a taxa de juro mas também todos os encargos e comissões associadas ao contrato.

Uma análise cuidada irá permitir concluir que a generalidade das instituições financeiras pratica taxas de juro finais (a famosa TAEG) que são semelhantes entre si. Assim, torna-se imprescindível preparar bem o seu processo de modo a conseguir a melhor prestação possível. E a melhor prestação é aquela que lhe permite satisfazer as suas necessidades sem colocar em causa a saúde financeira da sua família.