Linfoma designa o grupo heterogéneo de tumores com mais de 30 entidades clinico-patológicas distintas agrupadas em dois tipos, os linfomas de Hodgkin e os linfomas não-Hodgkin.

Trata-se de um tumor maligno que se desenvolve no sistema linfático e que resulta da proliferação desordenada das células do sistema imunológico, os linfócitos B e T. O linfoma de Hodgkin tem dois picos de incidência, afetando jovens entre os 20, 30 anos e pessoas a partir dos 50 anos.

O linfoma não-Hodgkin é o cancro que mais tem crescido em todo o mundo em parte devido ao envelhecimento da população e em grande parte por razões desconhecidas. Afeta homens e mulheres a partir dos 65 anos. Em ambos os tipos de linfoma a mortalidade tem estado estável ou até diminuído, devido ao aumento da capacidade de tratar e curar a doença.

Causas

Não se sabe porque é que as alterações genéticas que provocam a doença surgem numas pessoas e noutras não. Sabe-se que alguns vírus bastante comuns, a imunossupressão médica ou por SIDA e, sobretudo a idade, são fatores de risco, mas que apenas explicam uma pequena parte dos casos.

Sintomas

Aparecimento e crescimento de gânglios formando tumores nas regiões do pescoço, axilas e virilhas. Pode ainda haver crescimento do baço ou fígado. Os doentes frequentemente têm queixas de falta de força, falta de apetite e emagrecimento e, por vezes, febre e suores noturnos.

Diagnóstico

É realizado através da biópsia de um gânglio patológico ou de um órgão invadido pelo linfoma, geralmente, mediante uma pequena cirurgia, sob anestesia e sem necessidade de internamento. O linfoma de Hodgkin está mais frequentemente localizado, enquanto o linfoma não-Hodgkin é detetado geralmente numa fase mais avançada.

Tratamento

- Linfomas de Hodgkin: Quimioterapia por vezes complementada por radioterapia.

- Linfomas não-Hodgkin: Imuno-quimioterapia por vezes complementada por radioterapia.

- Linfomas de Hodgkin e não-Hodgkin que tenham recidivado ou se mostrem resistentes: Quimioterapia de alta dose com suporte de células estaminais.

Revisão científica: Herlander Marques (médico oncologista do Hospital de Braga, membro da direção e fundador da Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas)