Quando nos sentimos mais em baixo, sem energia ou quando damos por nós desmotivados, com dificuldades de concentração e com falhas de memória, temos tendência a atribuir a culpa às circunstâncias. Às expectativas frustradas, à vida agitada que levamos, ao dia atribulado que estamos a ter… Mas se, por um lado, parte destes estados psicológicos e limitações cognitivas se devem realmente a fatores externos, outra parte pode estar apenas relacionada com uma alimentação desajustada às nossas necessidades nutricionais.

O teste brainscreeen, disponível nos Laboratórios Labco, líder europeu na área do diagnóstico laboratorial, permite-nos precisamente perceber como está o nosso funcionamento cerebral e que nutrientes devemos reforçar na nossa dieta diária para atingirmos o bem-estar físico e mental que todos queremos ter. Além de indicar o que podemos ingerir para combater sentimentos de angústia e tristeza e falta de energia,  esta método também promete contrariar dificuldades de concentração e falta de memória.

Os benefícios na primeira pessoa

Depois de fazer o meu teste, foi fácil perceber a origem dos desequilíbrios que andavam a provocar uma série de sintomas, que comprometiam o meu bem-estar e limitavam a minha capacidade de raciocínio e de tomada de decisões. Não era por acaso, que me sentia mais angustiada, andava permanentemente cansada, e chegava a ter dificuldade em concentrar-me nas minhas tarefas diárias e em cumprir as responsabilidades que me cabiam. O brainscreen revelou que os meus níveis de dopamina, apesar de ainda se encontrarem dentro dos valores normais, estavam prestes a ficar em défice.

Os resultados manifestaram ainda que não estava a ingerir os nutrientes necessários para enfrentar os desafios que tinha no meu dia a dia, nomeadamente ácidos gordos ómega 3 e ferro. Os conselhos nutricionais personalizados que acompanham o teste e que devem ser aplicados com o acompanhamento de um especialista (médico-assistente ou nutricionista) ajudam a colmatar esta e outras carências. No meu caso, o relatório adverte para as consequências do baixo índice daqueles nutrientes que está associado ao desenvolvimento de estados depressivos e problemas cognitivos.

O documento recomenda o aumento de consumo de peixe azul, como o salmão e a sardinha (cerca de 400 g por semana), frutas ricas em vitamina C, legumes e verduras e alimentos ricos em ferro. O maior benefício? Agora, já sei como posso adaptar a minha dieta às minhas necessidades e que alimentos devo privilegiar na minha alimentação diária para evitar sentimentos negativos e dificuldades que podem limitar o meu bem-estar, mas também nas minhas competências.

Veja na página seguinte: Os equilíbrios que a análise deteta

Um medidor da felicidade e produtividade

O brainscreen analisa os principais neurotransmissores que estão envolvidos no desempenho cognitivo e na regulação do nosso estado de humor, nomeadamente a dopamina, a noradrenalina e a serotonina. «O seu défice dá conta de desequilíbrios bioquímicos que vão provocar reacções psicológicas específicas, que interferem no nosso dia a dia e nas decisões que tomamos», explica Carla Santos, responsável pelo Departamento de Medicina Preventiva e Personalizada dos laboratórios Labco. Por exemplo, falta de dopamina está relacionada, de acordo com a especialista, com episódios de ansiedade, isolamento social, défices de atenção, diminuição da motivação e dificuldade de memorização.

Já a falta de serotonina pode significar uma maior sensibilidade ao stresse e pode desencadear sentimentos de angústia. Segundo a mesma especialista, estes défices bioquímicos são frequentes. «A maioria de nós tem um défice bioquímico porque a qualidade da nossa alimentação desceu muito nos últimos anos. Os alimentos que ingerimos são cada vez mais processados e menos naturais e o estilo de vida que levamos nem sempre nos permite seguir uma alimentação equilibrada», refere a especialista, frisando que «a nossa dieta atual não está adaptada às nossas necessidades reais».

Como funciona o teste?

Além do estudo dos neurotransmissores, o brainscreen analisa também os níveis de ácidos gordos, vitaminas e minerais, nutrientes essenciais para o bom funcionamento dos neurónios e do cérebro, permitindo identificar carências que podem posteriormente ser corrigidas através de uma dieta personalizada e/ou de uma suplementação adequada. «Quando não existem causas fisiopatológicas identificáveis que justifiquem os défices de dopamina, noradrenalina ou serotonina, significa que não estamos a ter a alimentação mais adequada às nossas necessidades e que é preciso repor determinados nutrientes na nossa dieta, explica Carla Santos.

«Quando os níveis de dopamina estão abaixo dos valores normais, significa que há aminoácidos que estão em falta e que vamos ter de introduzir na nossa dieta. Trata-se também de uma reeducação alimentar», elucida a especialista. O brainscreen está indicado para todas as pessoas que possam beneficiar de uma otimização do funcionamento cerebral, através de uma dieta personalizada e adaptada às suas necessidades, mas principalmente para crianças e adolescentes que apresentem falta de atenção, maus resultados escolares, hiperatividade, alterações de comportamento e de humor.

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O que é o brainscreen?

Além de crianças, jovens e adultos, este método de análise também é usado nos adultos e idosos com o intuito de reduzir certos factores de risco de alterações de humor, depressões ou de declínio cognitivo (doença de Alzheimer e demências em geral). É um estudo bioquímico, feito a partir da análise do sangue e da urina, que permite medir os nossos níveis de neurotransmissores no cérebro, responsáveis pelo nosso comportamento, cognição, atenção e aprendizagem e os perfis de ácidos gordos, vitaminas e minerais que desempenham um papel fulcral no nosso estado de humor e desempenho cognitivo.

Insere-se no Programa de Medicina Preventiva e Personalizada, recentemente lançado pelos Laboratórios Labco em Portugal, que tem como objetivo retardar o envelhecimento precoce e prolongar a saúde e bem-estar, através da obtenção de um perfil personalizado de cada indivíduo, e consequente adaptação do estilo de vida mais conveniente à saúde de cada pessoa. A realização deste teste tem o custo de 299 €.

Texto: Sofia Cardoso