"Sem maioria qualificada para a reautorização do glifosato na votação de hoje", escreveu num Tweet a ministra luxemburguesa de Meio Ambiente, Carole Dieschbourg.

Mesmo com a iminência do fim da licença, as propostas do Executivo comunitário para a renovação da utilização do glifosato não conseguiram convencer, até agora, o mínimo necessário de 16 países que representem pelo menos 65% da população europeia.

Na votação desta quinta-feira no comité de especialistas dos 28, a proposta de renovar por cinco anos o controverso pesticida teve apoio de 14, entre eles, Espanha, Reino Unido e Irlanda, bem como os nórdicos e bálticos, segundo a Comissão.

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A Bulgária, Alemanha, Polónia, Portugal e Roménia abstiveram-se, enquanto que a Bélgica, Grécia, França, Croácia, Itália, Chipre, Luxemburgo, Malta e Áustria se opuseram à proposta do Executivo, que fracassou novamente na tentativa de renovar a licença do herbicida potencialmente cancerígeno.

Um dos mais populosos do bloco, a França, "mantém uma posição de (renovação por) três anos", explicou na véspera o ministro francês, de Transição Ecológica, Nicolas Hulot.

Vários países reivindicam que se tenha em consideração uma eliminação progressiva do uso deste pesticida. O debate entre partidários e críticos do glifosato está centrado no seu "provável (efeito) cancerígeno", como indicou um estudo do Centro Internacional de Pesquisa sobre o Cancro, da Organização Mundial de Saúde (OMS).