Segundo o relatório anual do Observatório Nacional da Diabetes, em 2015 houve pouco mais de 2,1 milhões de consultas de diabetes nos cuidados primários de saúde, quando no ano anterior tinha havido 2,39 milhões. Isto representou uma diminuição de 12%.

Contudo, em 2015, o número de pessoas com diabetes sujeitas a rastreio da retinopatia diabética aumentou 19% face a 2014, continuando a aumentar também a avaliação dos pés das pessoas com diabetes e a diminuir as amputações, as quais registaram os valores mais baixos da década. Quanto à retinopatia, o número de pessoas com diabetes abrangidas pelos programas de rastreio tem vindo a aumentar desde 2009, tendo crescido 283% até 2015.

Em 2009 havia 29,5 mil utentes com rastreios realizados à retinopatia e em 2015 foram mais de 113 mil. A retinopatia faz parte das principais complicações crónicas da diabetes, tal como a neuropatia e a amputação.

No que se refere ao número de amputações de membros por causa diabetes houve um decréscimo de quase 30% face a 2006.

No mesmo ano, o número de utentes saídos (internamentos hospitalares) por “pé diabético”, outra das complicações da diabetes, registou um decréscimo de 220 episódios comparativamente com o ano anterior (141).

“As amputações de membros inferiores continuaram a registar um decréscimo, atingindo o valor mais baixo da década (1.250), o que representou um decréscimo na ordem dos 28% relativamente a 2006. Esta descida verifica-se sobretudo no que se refere às amputações major que baixaram para 545 (um decréscimo de 41% relativamente a 2006)”, refere o documento do Observatório.

Mortes

A diabetes matou 12 pessoas por dia em 2015, estando presente em mais de um quarto dos óbitos nos hospitais públicos em Portugal.

Por outro lado, os custos com medicamentos para a diabetes mais do que triplicaram em dez anos, sendo que o aumento dos encargos tem sido bem superior ao crescimento efetivo do consumo.

Verdades e grandes mentiras sobre a diabetes