“Há muitos casais que precisam da doação de gâmetas (óvulos e/ou espermatozóides) para conseguirem concretizar o sonho de serem pais. Embora a doação possa ser realizada em clínicas privadas, atualmente, o único banco público concentra-se no Porto, o que se traduz numa grande limitação e num número reduzido de doações”, refere Cláudia Vasconcelos Vieira, presidente da APFertilidade, em comentário ao alargamento da rede de recolha de óvulos e espermatozoides.

E acrescenta: "Este alargamento reflete uma democratização do acesso e, apesar de ser um gesto altruísta, fará certamente aumentar o número de dadores, tão importantes para os casais inférteis".

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Recorde-se que, no início do ano passado, a APFertilidade lançou uma campanha de âmbito nacional, junto dos estudantes universitários, sensibilizando-os para a importância da doação de gâmetas.

A escolha deste público específico prendeu-se com o facto de estarem no auge da sua idade fértil e, por isso, potenciar a qualidade do material doado.

Em Portugal, cerca de 300 mil casais são inférteis. Entre 10 a 15% dos casais que fazem tratamentos de fertilidade podem precisar de doação de óvulos ou espermatozóides. A taxa de infertilidade masculina é similar à taxa de infertilidade feminina (cerca de 40 por cento em ambos os casos). Em média, um em cada 10 casos são de infertilidade nos dois membros do casal.