O sol e as crianças andam muitas vezes de mão dada - porque as crianças devem viver boa parte do tempo ao ar livre, a brincar no jardim, no parque infantil, na praia... Por isso o contacto com os raios solares acontece desde cedo: há muito que os bebés deixaram de estar sempre resguardados em casa, contactando com o ambiente exterior, principalmente no verão. O sol é benéfico, conhecido que é o seu papel na síntese da vitamina D, essencial ao crescimento saudável dos ossos. Mas este é um benefício que se obtém com uma exposição curta, para além da qual são maiores os prejuízos.É que os raios solares e a pele desprotegida não são bons amigos, seja qual for a idade:

– Os infravermelhos são invisíveis, mas aquecem, o que os torna perigosos: podem causar insolação, uma situação grave em que há aumento da temperatura do corpo e desidratação.

– Os ultravioletas  A (UVA) contribuem para o envelhecimento prematuro e para o cancro cutâneo.

– Os ultravioletas B (UVB) podem ainda provocar queimaduras solares, cataratas e enfraquecer o sistema imunitário.

São razões mais do que suficientes para investir na proteção, sobretudo atendendo a que os bebés e as crianças são particularmente vulneráveis ao sol. Isto porque a sua pele é fina, o que facilita a passagem da radiação. Acresce que as glândulas sudoríparas ainda são imaturas, não produzindo suor suficiente para arrefecer o corpo. E a melanina, pigmento que protege a pele, está presente também ainda em quantidade insuficiente.

Porém, a pele de todos nós desde que somos bebés possui uma memória que vai registando as sucessivas agressões solares, aumentando o risco de doença de pele na idade adulta.

Regras de ouro 

Exposição Solar

Perante a fragilidade infantil e o risco futuro, há que prevenir – com proteção máxima. Desde logo, os bebés com menos de seis meses não devem ser expostos diretamente ao sol – o lugar deles é à sombra.

É também à sombra que todos nós, principalmente os mais pequenos, devemos ficar entre as 11h e as 17h, as horas em que a intensidade da radiação solar é maior.

Vestuário

É ainda fundamental que estejam bem “equipados” para enfrentar os raios – com roupas feitas de malha apertada, como o algodão, de preferência de cor escura, com um chapéu de abas largas que faça sombra sobre o rosto e proteja as orelhas e o pescoço, sem esquecer os óculos com proteção ultravioleta igual ou superior a 99%.

Protetor Solar

O protetor solar é indispensável. Deve ser escolhido um específico para crianças, que ofereça um fator de proteção elevado, que seja hipoalergénico, resistente à água e que confira defesa contra as radiações UVA e UVB (ecrã total). Idealmente deve ser à base de minerais como o dióxido de titânio ou o óxido de zinco, que refletem os raios UV e são menos alergénicos.

É antes da exposição – no mínimo 30 minutos antes – que o protetor deve ser aplicado. E com generosidade: tanto sobre a pele exposta como sobre a não exposta (por baixo do fato de banho), com especial atenção aos lábios, orelhas, mãos, pés, zona atrás dos joelhos, ombros e pescoço. A aplicação deve ser renovada a cada duas horas ou a intervalos menores se a criança transpirar muito ou estiver muitas vezes dentro de água.

O uso de protetor solar é, como o nome indica, uma medida de proteção, e não uma autorização implícita para estar mais tempo ao sol.

Água

É essencial promover a ingestão de líquidos – mesmo que a criança resista, ou que não pareça ter sede, há que insistir, para prevenir a desidratação. O sol é um amigo, mas não se pode abusar: e é de pequenino que se aprende a desfrutar em segurança do que ele tem para oferecer…  ­­­­­

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